A franquia Halloween acaba de chegar a um impasse histórico. Depois de Halloween Ends, longa que encerrou a trilogia iniciada em 2018, fãs e estúdio avaliam qual será o próximo passo da marca criada por John Carpenter em 1978.
A saída que ganha força nos bastidores é retomar a ideia de um formato antológico, estratégia testada em 1982 com Halloween III: Season of the Witch. O objetivo: manter o selo Halloween vivo nos cinemas, mas sem a figura de Michael Myers.
Final de Halloween Ends dificulta o retorno de Michael Myers
Lançado em 2022, Halloween Ends mostrou Laurie Strode derrotando o assassino mascarado e despachando o corpo em um triturador industrial. A cena foi pensada como ponto final para a rivalidade iniciada há mais de quatro décadas.
Mesmo assim, a produção recebeu apenas 40% de aprovação no Rotten Tomatoes, deixando parte do público com sensação de frustração. Para muitos, terminar a saga nesse tom não seria o desfecho ideal para uma das séries de terror mais populares do cinema.
Reboot de 2018 reacendeu o hype, mas sequência perdeu fôlego
Em 2018, o diretor David Gordon Green ignorou todas as continuações anteriores e colocou Laurie, interpretada por Jamie Lee Curtis, enfrentando o trauma de 1978. O resultado agradou: 79% de aprovação no Rotten Tomatoes e bilheteria robusta.
Dois anos depois, Halloween Kills elevou o nível de violência e terminou com a morte da filha de Laurie, preparando terreno para o confronto final. Entretanto, o foco em Corey Cunningham em Halloween Ends desviou a atenção do público e prejudicou a recepção crítica.
Halloween III serve de modelo para um futuro sem o vilão
Em 1982, Season of the Witch rompeu com Michael Myers, explorando bruxaria e ficção científica. O filme não agradou na época, mas atualmente ostenta status cult e a quarta maior nota da franquia — 49% no Rotten Tomatoes, atrás apenas do clássico de 1978, da versão de 2018 e de Halloween H20.
Naquele ano, a intenção era transformar Halloween em uma antologia, lançando a cada temporada uma história de terror ambientada no Dia das Bruxas. O projeto foi abandonado após a bilheteria modesta, mas hoje ganha novos defensores dentro do estúdio.
Imagem: Imagem: Divulgação
Formato antológico abre leque infinito de subgêneros
A proposta de um Halloween sem Michael Myers permitiria explorar lobisomens, vampiros, fantasmas, palhaços sinistros ou, quem sabe, voltar aos slashers com nova roupagem. A única regra: a trama precisa acontecer na noite de 31 de outubro.
Além de manter o título relevante no feriado, a estratégia criaria espaço para diretores emergentes. Um terror independente lançado sob o selo Halloween pode transformar uma produção modesta em sucesso de bilheteria.
Vantagens para público, estúdio e criadores
Com a mudança, o legado de Michael Myers permaneceria intacto, enquanto o estúdio garantiria lançamentos frequentes sem esgotar um ícone já saturado. Já novos cineastas teriam vitrine de peso para apresentar ideias originais.
Recepção do público determinará próximos passos
Até o momento, não há anúncio oficial sobre o futuro da série. No entanto, declarações de produtores indicam que discussões internas avaliam seriamente o retorno ao formato antológico. O desempenho comercial de possíveis projetos pilotos deve balizar a decisão final.
Se aprovada, a mudança promete revigorar a marca antes que o desgaste se torne irreversível. O portal 365 Filmes seguirá acompanhando cada novidade sobre o destino de Halloween sem Michael Myers.
