Edgar Wright precisou de poucos segundos para dar ao novo The Running Man um toque pessoal e, ainda assim, totalmente inesperado. Durante uma entrevista recente, o diretor contou que o longa traz um Easter egg envolvendo o protagonista vilão Josh Brolin e, de forma indireta, o pai do ator, James Brolin.

O detalhe passou despercebido até mesmo pela equipe durante a pré-produção. Só depois de o elenco estar praticamente fechado o cineasta notou que já havia incluído o veterano James em uma cena-chave, graças a um clipe do suspense Skyjacked. A coincidência acabou virando uma curiosidade que promete agradar caçadores de referências.

Dupla Brolin chega aos cinemas sem querer

Josh Brolin interpreta Dan Killian, o grande antagonista da adaptação que estreia em 14 de novembro de 2025. O que ninguém imaginava é que James Brolin daria as caras — mesmo que por poucos segundos — graças a uma gravação antiga resgatada pelo próprio Wright. O diretor contou que a inclusão do pai aconteceu antes de qualquer negociação com o filho.

Segundo ele, a escolha do trecho de Skyjacked foi puramente narrativa. Precisava de uma cena exibida em televisores de tubo, no porão do personagem Molly, para construir atmosfera de mercado clandestino. O material de 1972, protagonizado por James como um sequestrador armado com granada, se encaixou “como luva”.

Coincidência revelada no set

A revelação só ocorreu depois que Josh Brolin assinou contrato. Wright relembrou que, ao conversar sobre detalhes do roteiro, contou ao ator: “Seu pai também está no filme”. A conexão imediata entre as duas gerações da família Brolin acrescentou camadas de significado sem alterar o cronograma — um presente do acaso, nas palavras do diretor.

Como o Easter egg foi parar no roteiro

Durante o desenvolvimento, Wright e o corroteirista Michael Bacall buscavam referências de longas sobre aeroportos e sequestros para inserir como plano de fundo em The Running Man. Skyjacked surgiu nessa pesquisa. A dupla precisava de um título que pudesse ser exibido nos velhos televisores de Molly, personagem vivido por William H. Macy.

Com o clipe escolhido, a produção tratou de limpar direitos autorais antes mesmo de preencher o elenco principal. A presença de James Brolin no material original passou batida, até o momento da escalação de Josh. Quando a coincidência veio à tona, a equipe decidiu manter tudo como estava, transformando o acaso em uma grata surpresa para o público.

Direitos resolvidos com antecedência

Wright revelou que o processo de licenciamento foi ágil, pois o trecho em questão é curto e não interfere na narrativa de Skyjacked. A rápida autorização garantiu liberdade para usar a cena como elemento visual sem comprometer o orçamento — fator decisivo em qualquer blockbuster.

Skyjacked como pista para momento crucial

Além do valor sentimental, o clipe funciona como prenúncio de um acontecimento marcante no filme. Na obra literária de Stephen King, Ben Richards, interpretado por Glen Powell, termina sequestrando um avião. Embora Wright mantenha segredo sobre a adaptação, a escolha do material com James Brolin — empunhando uma granada dentro de uma aeronave — entrega um pequeno vislumbre do que está por vir.

Para quem leu o livro de 1982, a referência será quase imediata. Já o espectador que chega sem conhecer a trama deve captar a ligação quando o clímax tomar forma. Essa construção de expectativa é típica do estilo de Wright, conhecido por costurar detalhes que depois convergem em cenas explosivas.

Foreshadowing em tela dupla

O diretor usou o termo “setup” ao comentar a função do clipe. Em outras palavras, plantou uma pista visual que ecoa no terceiro ato, prática comum em seus projetos anteriores. Dessa vez, a dica vem carregada de história familiar e nostalgia, tornando o reencontro de pai e filho ainda mais simbólico.

O que esperar de The Running Man nos cinemas

Com gravações finalizadas e pós-produção em andamento, The Running Man promete mesclar ação, ficção científica e comentários sociais — ingredientes que transformaram o romance de King em clássico cult. O elenco reúne Glen Powell, Jayme Lawson e Lee Pace, além dos Brolin, todos sob a batuta de Wright.

A produção chega às telonas cercada de expectativas, especialmente entre fãs que acompanharam versões anteriores da obra. Resta saber como o novo roteiro, assinado por Wright e Bacall, atualizará os desafios de Ben Richards para o público atual. Uma coisa é certa: olhos atentos vão caçar cada Easter egg escondido, incluindo a participação vintage de James.

A equipe por trás do projeto também chama atenção: George Linder, Nira Park e Simon Kinberg dividem a produção, enquanto a distribuidora aposta num lançamento global marcante. O site 365 Filmes já coloca o título entre os mais aguardados de 2025, reforçando a curiosidade em torno do encontro multigeracional dos Brolin.

No calendário, a data de 14 de novembro surge como um lembrete para quem gosta de perseguições implacáveis, crítica social e, claro, boas referências cinematográficas escondidas em cada quadro. Até lá, resta aos fãs especular sobre quantos outros detalhes Wright escondeu em plain sight.

Sou redator especializado em conteúdo de entretenimento para o mercado digital. Desde 2021, produzo análises, dicas e críticas sobre o mundo do entretenimento, com experiência como colunista em sites de referência.

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