A franquia Predator parecia ter chegado ao fim após tropeços comerciais e críticas duras. A situação mudou radicalmente quando um cineasta até então subestimado entrou em cena.
Dan Trachtenberg resgatou o interesse do público, trouxe novos recordes de aprovação e abriu caminho para mais filmes. Confira como ele conseguiu dar sobrevida ao temido caçador intergaláctico.
A ascensão e a queda inicial da franquia Predator
Lançado em 1987, Predator conquistou fãs com ação intensa, efeitos práticos marcantes e a presença de Arnold Schwarzenegger. O sucesso foi imediato, colocando a produção entre os clássicos oitentistas de ficção científica.
Três anos depois, Predator 2 enfrentou críticas negativas e bilheteria aquém do esperado. Apesar de ter virado cult ao longo do tempo, o resultado ruim esfriou os planos para a série.
Nos anos 2000, a tentativa de cruzar Predator com Alien não atingiu o potencial prometido. Já Predators, em 2010, divertiu e arrecadou mais de 125 milhões de dólares, mas recebeu avaliações mistas e logo caiu no esquecimento.
O golpe mais duro veio em 2018. The Predator registrou as piores notas da saga, mesmo acumulando cerca de 160 milhões em bilheteria. Com mais erros do que acertos, a franquia Predator parecia condenada.
Dan Trachtenberg revoluciona com Prey
Conhecido por 10 Cloverfield Lane, Dan Trachtenberg assumiu o comando e apostou em um prelúdio ambientado no século XVIII. Prey chegou em 2022 e, em pouco tempo, tornou-se o filme mais elogiado da franquia Predator.
Ambientado nas Grandes Planícies, o longa apresenta Naru (Amber Midthunder), guerreira Comanche disposta a provar seu valor. A luta visceral entre a protagonista e o alienígena criou uma narrativa envolvente que conquistou crítica e público.
Além de revitalizar a franquia Predator, Trachtenberg mostrou domínio do ritmo, valorizou efeitos práticos e entregou cenas de ação claras. O diretor demonstrou conhecer a essência da série: tensão de caça, ambiente hostil e protagonistas carismáticos.
Predator: Killer of Killers expande o universo em animação
Após o sucesso de Prey, o estúdio lançou Predator: Killer of Killers diretamente no streaming, sem grande campanha promocional. O formato em animação, porém, surpreendeu positivamente e abriu novas possibilidades criativas.
A produção se tornou a obra da franquia Predator com maior aprovação no Rotten Tomatoes, ultrapassando até o filme original. A liberdade do traço permitiu viagens por diferentes épocas, batalhas simultâneas e até o confronto final em um planeta alienígena.
Imagem: Imagem: Divulgação
Participações especiais no desfecho empolgaram os fãs e reforçaram a ideia de continuidade. Mesmo discretamente, a animação consolidou a era Trachtenberg e manteve a curva ascendente da saga.
Predator: Badlands leva a franquia para o futuro
Menos de um ano após Killer of Killers, Trachtenberg confirmou um terceiro projeto, agora com estreia nos cinemas. Predator: Badlands chega em 7 de novembro de 2025 e, pela primeira vez sob a direção do cineasta, se passa no futuro.
O enredo acompanha um Predador exilado que forma aliança improvável com um sintético da Weyland-Yutani, conectando o universo Alien sem repetir erros do passado. Elle Fanning foi escalada e já desperta expectativas de performance memorável.
Com a recepção calorosa aos trabalhos anteriores, a aposta é que Predator: Badlands prolongue a boa fase. Para os leitores do 365 Filmes, fica a promessa de um retorno grandioso às telonas.
Comparação com outras sagas de ação e ficção científica
Encontrar novo fôlego décadas depois é feito raro. Terminator, por exemplo, não conseguiu repetir o impacto dos dois primeiros filmes, nem mesmo com James Cameron de volta.
The Matrix também viu sua popularidade cair com as continuações, enquanto Jurassic Park e Alien alternaram altos e baixos. Já a franquia Predator, impulsionada por Dan Trachtenberg, vive talvez o momento mais empolgante de sua história.
Em um cenário de reboots e sequências que falham, o caçador intergaláctico prova que ainda há espaço para criatividade, respeito à essência e, principalmente, diversão de primeira linha.
Com mais de três décadas de história, a franquia Predator mostra que não está pronta para se aposentar. Caberá a Trachtenberg manter o ritmo e, quem sabe, inspirar outras sagas a redescobrir sua própria magia.
