Impossível pensar em um remake de De Volta para o Futuro sem imaginar ajustes na trilha sonora. Em 1985, Marty McFly arrasa no baile com Johnny B. Goode, apresentado como um som “do futuro”.
Mas, se o enredo saltasse para 2025, o guitarrista mais querido de Hill Valley precisaria de um hit diferente. Qual faixa de outra época geraria o mesmo impacto? A resposta aponta para Song 2 do Blur, e os motivos são convincentes.
Por que Song 2 seria o novo hino no baile
Lançada em 1997, Song 2 do Blur é curta, explosiva e inconfundível. A introdução limpa na guitarra, seguida pelo grito “woo-hoo!”, entrega energia suficiente para qualquer pista de dança enlouquecer – exatamente o efeito buscado por Marty no famoso baile “Encanto Sob o Mar”.
Assim como Johnny B. Goode era fresca para a plateia de 1955, Song 2 soaria moderna aos ouvidos de 1995, ano para o qual o Marty de 2025 viajaria. A faixa reúne riffs simples, refrão marcante e relevância cultural, critérios que tornaram o clássico de Chuck Berry perfeito na versão original.
Como a escolha se encaixa na cronologia da saga
O roteiro original mostra um salto de 30 anos: 1985 para 1955. Mantendo a lógica, a trama em 2025 levaria o protagonista a 1995. Precisaria, portanto, de um som que ainda não existisse para aquele público, mas que fosse lançado poucos anos depois.
Song 2 encaixa-se nessa janela temporal, pois chegou às lojas em 1997. Além disso, o rock alternativo britânico oferecia algo distinto do grunge em declínio e dos sucessos pop de Backstreet Boys ou *NSYNC, reforçando o choque cultural desejado pelo roteiro.
Critérios que Song 2 cumpre
- Guitarras em destaque, facilitando o solo improvisado de Marty;
- Estrutura simples, que permite à banda da escola acompanhar após instruções rápidas;
- Refrão inesquecível, garantindo reação imediata da plateia;
- Importância histórica como hino dos anos 90.
O momento de choque no palco
No filme original, Marty exagera e insere técnicas inspiradas em AC/DC, The Who e Jimi Hendrix, perdendo o público de 1955. Em uma versão ambientada em 2025, o roteiro poderia repetir a piada: depois de Song 2, o guitarrista arriscaria trechos avançados que os estudantes de 1995 “ainda não estão prontos para ouvir”.
Visualize a cena: McFly ativa um pedal de distorção, alterna palhetada rápida e harmônicos, aproximando-se dos malabarismos de Eddie Van Halen. O salão, habituado a baladas R&B e boy bands dançantes, congelaria diante da barulheira moderna. O humor continua idêntico, apenas atualizado.
Imagem: Imagem: Divulgação
Outras músicas que poderiam assustar a turma de 1995
Encontrar algo realmente chocante para adolescentes dos anos 90 é mais difícil do que para os jovens conservadores dos anos 50. Rage Against the Machine, por exemplo, já havia lançado seu disco de estreia em 1992, tornando o rap-metal familiar.
Para um choque genuíno, Marty poderia misturar trechos tecnicamente complexos de bandas como Animals as Leaders, Polyphia ou Spiritbox, todas posteriores a 2010. Em um mashup alucinante, a plateia de 1995 ficaria boquiaberta com passagens em oito cordas e ritmos quebrados, contraste absoluto com Song 2.
Possíveis trechos para um medley inconcebível na época
- Linhas polirrítmicas de TesseracT;
- Tapping veloz de Playing God, do Polyphia;
- Riffs pesados de Holy Roller, do Spiritbox.
O gag final seria idêntico ao original: após o silêncio constrangedor, Marty comentaria que “talvez vocês ainda não estejam prontos para isso, mas seus filhos vão adorar”.
Detalhes rápidos sobre o clássico De Volta para o Futuro
Para quem acompanha 365 Filmes, vale lembrar os números que mantêm o longa na memória afetiva do público. De Volta para o Futuro estreou em 3 de julho de 1985, tem direção de Robert Zemeckis, roteiro da dupla Zemeckis/Bob Gale e duração de 116 minutos. A produção contou com nomes de peso como Frank Marshall e Kathleen Kennedy.
O sucesso rendeu duas sequências oficiais, lançadas em 1989 e 1990, solidificando a franquia como referência de aventura, comédia e ficção científica. A simples hipótese de um remake alimenta debates, mas a maioria dos fãs concorda: a obra original continua insubstituível – mesmo que seja divertido imaginar qual música Marty McFly tocaria caso o relógio marcasse 2025.
