Supernatural quase teve um fechamento bem mais pesado do que o público conferiu na TV. Eric Kripke, criador da série, explicou que planejava um epílogo sombrio para o episódio Swan Song, que encerra a quinta temporada.

A ideia original mostraria Dean incapaz de salvar Sam do inferno e terminaria com a promessa de um novo ciclo de tragédias na família Winchester. Detalhes desse rascunho foram comentados durante o podcast Supernatural Then and Now, comandado pelos atores Rob Benedict e Richard Speight Jr.

O que Kripke revelou sobre o final original de Supernatural

Durante o bate-papo, Eric Kripke explicou que seu final original de Supernatural seguiria um tom quase de filme de terror. Na versão nunca filmada, Sam ficaria permanentemente preso no inferno após o sacrifício em Swan Song, e Dean seria forçado a aceitar a perda do irmão.

Conforme Kripke, o caçador tentaria de tudo para trazer Sam de volta, mas, sem resultado, acabaria deixando a vida na estrada. O foco do roteiro seria mostrar Dean aprendendo a seguir em frente, mesmo carregando o luto.

Dean, Lisa e a filha chamada Samantha

Segundo o criador, Dean reconstruiria a rotina ao lado de Lisa Braeden, personagem que já havia sido apresentada como antigo interesse amoroso. O casal teria uma filha e colocaria o nome de Samantha em homenagem ao irmão perdido.

Esse ponto, destaca Kripke, serviria como alívio emocional para o protagonista — algo logo quebrado pela sequência final, pensada para chocar o público.

A cena derradeira que nunca saiu do papel

No final original de Supernatural, a última cena mostraria Dean colocando o bebê no berço numa casa tranquila. Assim que ele apagasse a luz, uma silhueta sombria se aproximaria da criança, replicando o momento do piloto em que Mary Winchester morre no teto em chamas.

A implicação seria clara: o ciclo de violência recomeçaria, transformando Dean numa versão de John Winchester e condenando Samantha a repetir o destino trágico da família. “Seria como aquele susto final em que o monstro volta”, comentou o roteirista no podcast.

Motivos para abandonar o desfecho sombrio

Kripke admitiu que, anos depois, enxerga o roteiro como excessivamente deprimente. Fãs e críticos apontam que esse encerramento anulava o desenvolvimento emocional dos irmãos, jogando Dean na mesma obsessão que tanto condenou no pai.

Além disso, havia o risco de frustrar quem acompanhou cinco temporadas esperando ver os protagonistas quebrando o padrão de fatalismo. Diante disso, a equipe decidiu optar por um final aberto, com Sam livre e Dean vivendo brevemente ao lado de Lisa, como visto na TV.

O que foi ao ar e a extensão da série

Swan Song acabou exibindo Sam no inferno, mas apenas temporariamente. O público descobre, no início da sexta temporada, que o caçador retornou, e a produção se estendeu por mais dez anos, totalizando 15 temporadas. O capítulo de despedida definitivo dividiu opiniões, porém manteve a essência de redenção e fraternidade.

No desfecho oficial, Dean morre em uma caçada comum, enquanto Sam envelhece, constrói família e, já idoso, reencontra o irmão no pós-vida. Mesmo recebendo críticas, o adeus ainda foi considerado mais coerente do que o roteiro sombrio original.

Repercussão entre fãs e elenco

Desde a revelação, comunidades de fãs discutem como teria sido assistir ao final original de Supernatural. Alguns acreditam que a abordagem sombria combinaria com o tom de terror da série nas primeiras temporadas, mas a maioria concorda que seria um choque devastador.

Integrantes do elenco também comentaram a proposta nas redes sociais, ressaltando que, embora ousada, a ideia provavelmente geraria grande controvérsia. Para Jensens Ackles e Jared Padalecki, o arco concluído na 15ª temporada ofereceu, ao menos, um fechamento claro aos irmãos Winchester.

Legado de Swan Song e curiosidades de bastidores

Ainda hoje, Swan Song figura entre os episódios favoritos dos fãs, principalmente pelo discurso de Chuck sobre “as pequenas coisas” e pela sequência emocional em que Dean se recusa a abandonar Sam. Saber que havia um rascunho alternativo reforça a importância das decisões criativas na sala de roteiristas.

Kripke destacou no podcast que roteiros passam por inúmeras revisões antes de ganhar forma. No caso do final original de Supernatural, o material ficou arquivado, mas continua alimentando teorias. Essa curiosidade prova como a série mantém relevância mesmo anos após o fim.

O papel do podcast na preservação da memória da série

Supernatural Then and Now, apresentado por Rob Benedict e Richard Speight Jr., tem sido ponto de encontro para bastidores inéditos. A cada episódio, roteiristas e atores compartilham versões descartadas, erros de gravação e decisões de produção.

Para quem acompanha 365 Filmes, essas entrevistas funcionam como verdadeiro tesouro de informação, revelando como pequenos ajustes podem transformar completamente o rumo de uma história.

Por que a discussão ainda interessa

A revelação sobre o final original de Supernatural destaca como o processo criativo pode mudar até os momentos finais de uma obra. Na televisão, ajustes de tom, recepção do público e possibilidades de expansão comercial pesam na balança antes da decisão final.

No caso de Supernatural, escolher um caminho menos trágico permitiu ao seriado explorar novas tramas por mais dez temporadas, consolidando-se como uma das produções de fantasia mais longevas da TV norte-americana.

Possibilidades para o futuro do universo Winchester

Mesmo com a série encerrada, o legado continua em produtos derivados, como o spin-off The Winchesters. Kripke lembrou que materiais e finais alternativos seguem guardados, o que abre espaço para novas adaptações ou revisitações em formatos diferentes.

Ainda que o final original de Supernatural jamais tenha sido filmado, saber de sua existência alimenta o imaginário dos fãs e reforça a influência duradoura da saga dos irmãos caçadores.

Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.

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