Famke Janssen voltou ao streaming com grandes expectativas, mas enfrenta um desafio inesperado. A nova série da Netflix, Império de Amsterdã, chegou ao catálogo prometendo drama, glamour e tensão.
O resultado, porém, foi bem diferente: a produção holandesa recebeu avaliações duras e já figura nas listas de piores lançamentos de 2025. A seguir, veja por que o título se tornou sinônimo de decepção.
Enredo base: vingança de uma esposa traída
Império de Amsterdã apresenta Betty, interpretada por Famke Janssen, mulher que vê o casamento ruir quando Jack van Doorn, vivido por Jacob Derwig, pede o divórcio. Sentindo-se traída, ela exige o controle total do famoso coffeeshop The Jackal, peça central do império financeiro do ex-marido.
A premissa promete conflitos familiares, traições e reviravoltas. Contudo, críticos apontam que a série falha ao transformar esse ponto de partida em um thriller convincente. O roteiro, de Nico Moolenaar, Bart Uytdenhouwen e Piet Matthys, é acusado de se perder em clichês sem entregar profundidade psicológica.
Personagens pouco desenvolvidos e diálogos artificiais
Um dos alvos principais das críticas é a falta de consistência nas motivações. Betty oscila entre força e caricatura; Jack tenta se firmar como anti-herói, mas termina como figura desconfortável. Ao redor do casal, uma multidão de coadjuvantes aparece e some sem função clara, o que fragmenta a narrativa.
Diálogos considerados forçados e viradas dramáticas sem impacto reforçam a sensação de que a série foi montada às pressas. Para muitos, Império de Amsterdã parece um rascunho de novela das oito, sem o charme ou a coesão de um drama de prestígio.
Excesso de clichês
Esposa traída que busca vingança, segredos de família revelados tardiamente e homens ricos que se acham intocáveis compõem o pacote. Esses elementos poderiam funcionar se houvesse ousadia ou frescor, mas a crítica aponta repetição e falta de originalidade.
Direção elegante tenta mascarar roteiro frágil
Jonas Govaerts e Max Porcelijn comandam a direção e apostam em estética sofisticada. A fotografia explora pontos icônicos de Amsterdã, entregando paisagens urbanas deslumbrantes que, sozinhas, quase convencem o espectador a continuar.
Entretanto, o visual não compensa o “vazio narrativo”, como resumiram veículos internacionais. As tentativas de choque ou surpresa acabam previsíveis, tornando a experiência monótona mesmo com a embalagem refinada.
Fotografia é o ponto alto
Se há mérito, ele está na forma como a capital holandesa ganha vida em tela. Pontes iluminadas, becos estreitos e canais refletindo luzes noturnas criam um clima que poderia servir de palco para uma saga de poder. Infelizmente, o roteiro não acompanha a qualidade visual.
Imagem: Netflix.
Tentativa de discutir ambição se perde no caminho
Os roteiristas insinuam um debate sobre a cegueira causada pelo desejo de poder. Porém, a abordagem rasa e as reviravoltas exageradas enfraquecem a discussão. Em vez de aprofundar a transformação das vítimas em algozes, a trama recorre a disputas repetitivas entre personagens femininas, quase sempre girando em torno de Jack.
Famke Janssen, reconhecida por papéis intensos, faz o possível para adicionar nuances a Betty, mas o texto limitado não permite grandes voos. A mesma limitação atinge o elenco coadjuvante, que permanece engessado.
Recepção: uma das piores séries da Netflix em 2025
A imprensa especializada classificou Império de Amsterdã como um dos maiores tropeços do ano. Resenhas americanas chegaram a dizer que a produção não é “ruim o suficiente para ser divertida”, apenas medíocre. A nota média gira em torno de 3/10, e a recomendação geral é: passe longe.
No Brasil, portais de entretenimento ecoaram o veredito internacional, destacando que a série desperdiça elenco talentoso, cenário rico e chance de renovar o gênero criminal. Até agora, o público confirma a decepção nos fóruns online.
Onde assistir e detalhes de produção
Todos os episódios de Império de Amsterdã estão disponíveis globalmente na Netflix desde o início de 2025. A temporada única conta com direção de Jonas Govaerts e Max Porcelijn, roteiro assinado por Nico Moolenaar, Bart Uytdenhouwen e Piet Matthys, e produção executiva local.
Apesar do marketing que cercou o lançamento, a série é apontada como sinal de desgaste da fórmula “crime e poder” no streaming. No portal 365 Filmes, leitores interessados em acompanhar a repercussão encontram relatos semelhantes sobre a falta de frescor em títulos recentes do gênero.
Elenco principal
• Famke Janssen – Betty
• Jacob Derwig – Jack van Doorn
• Elenco de apoio – nomes holandeses que dão vida a capangas, aliados e familiares, mas sem grande destaque individual, segundo a crítica.
Com um cenário envolvente, mas narrativa frágil, Império de Amsterdã ilustra as dificuldades de equilibrar estética e conteúdo. Por ora, fica marcada como uma das maiores decepções entre as estreias de 2025 na Netflix.
