Foi-se o tempo em que a saga dos cinco jovens cavaleiros existia apenas nas páginas do mangá de Masami Kurumada ou nas telas da televisão. Em 2023, Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya – O Começo ganhou vida em formato live-action e, agora, desembarca no catálogo do Prime Video.
A produção hollywoodiana tenta abrir um novo capítulo para a franquia, mas faz isso inserindo elementos como helicópteros, armas de fogo e laboratórios secretos, o que vem dividindo fãs e críticos. Ainda assim, a curiosidade é grande: como Seiya e companhia ficaram nesta releitura para o cinema?
Do mangá ao cinema: o que é Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya – O Começo
Dirigido pelo polonês Tomasz Baginski, o longa de 2023 adapta o arco inicial de Cavaleiros do Zodíaco e pretende apresentar o universo dos cavaleiros de bronze a uma audiência global. A trama acompanha Seiya, agora vivido pelo ator japonês Mackenyu, descobrindo seu cosmo enquanto tenta proteger Sienna — nome adotado para Saori Kido — reencarnação da deusa Atena.
Para alcançar esse objetivo, o filme mescla fantasia e ficção científica em 112 minutos de combate coreografado, CGI abundante e referências diretas às armaduras originais. Apesar da estética mais futurista, permanecem temas centrais como destino, amizade e sacrifício, pilares que transformaram a série em fenômeno no fim dos anos 1980.
Principais mudanças na história original
Quem está acostumado ao enredo clássico notará, logo de cara, a presença de militares, drones e instalações de pesquisa clandestinas. Ao contrário da versão animada, em que as constelações e o misticismo oriental dominam, a adaptação investe em tecnologia e ação em escala global. O resultado são armaduras metálicas redesenhadas, cenário urbano mais cinzento e lutas que migram de arenas mitológicas para galpões industriais.
Outra alteração significativa é a própria Sienna. A personagem, interpretada por Madison Iseman, vive atormentada por visões telepáticas e traumas do passado, ganhando enfoque psicológico maior que no material original. Já Seiya segue impulsivo, porém envolto em diálogos menos espirituais, deixando o conceito de cosmo — energia interna que conecta cavaleiro e constelação — quase reduzido a efeito visual.
Elenco e personagens reimaginados
Além de Mackenyu no papel principal, o filme conta com nomes de peso para atrair diferentes públicos. Sean Bean assume Alman Kido, figura paterna e empresário que tenta controlar o poder de Sienna, enquanto Famke Janssen interpreta Guraad, antagonista criada para o live-action que conduz experimentos sombrios em busca do cosmo absoluto.
Imagem: Imagem: Divulgação
O restante do time de cavaleiros de bronze aparece de maneira pontual. Hyoga, Shiryu, Shun e Ikki surgem em participações curtas, funcionando mais como aceno ao fã clássico do que peças centrais da narrativa. Essa escolha, segundo nota da produção, busca preparar terreno para eventuais continuações.
Recepção e notas da crítica
Desde a estreia nos cinemas, Saint Seiya – O Começo vem recebendo avaliações mistas. Parte dos espectadores elogia a tentativa de modernizar a franquia e a trilha orquestrada que resgata melodias do anime. Outros, porém, destacam falta de “fé” no material original, excesso de CGI e mudanças consideradas radicais.
O site especializado que primeiro avaliou o longa atribuiu nota 7/10, mas ponderou que a obra “parece evitar o sagrado e o épico” que definem os Cavaleiros do Zodíaco. A divisão de opiniões ganhou fôlego nas redes sociais, onde fãs comparam trechos do filme a sequências do desenho, apontando diferenças de tom e roteiro.
Onde assistir ao live-action de Cavaleiros do Zodíaco
Depois de passar pelos cinemas, Os Cavaleiros do Zodíaco: Saint Seiya – O Começo está disponível para assinantes do Prime Video no Brasil. A chegada ao streaming facilita o acesso do público que perdeu a exibição na telona e, ao mesmo tempo, abre caminho para que novos espectadores conheçam a franquia.
No 365 Filmes, muitos leitores já perguntam se uma sequência está confirmada. Até o momento, o estúdio não anunciou continuação, mas o desfecho aberto sugere intenção de expandir o universo em novos lançamentos, dependendo do desempenho de audiência.
