O sexto episódio da 5ª temporada de Slow Horses cumpre a promessa de tensão em tempo real, política suja e reviravoltas silenciosas. Tudo gira em torno de um ataque terrorista orquestrado por Tara Younis e de uma manobra de bastidor que ameaça o futuro de Slough House.
Nestas linhas, o 365 Filmes detalha cada passo do xadrez montado por Jackson Lamb e mostra como o final de Slow Horses 5ª temporada encerra a crise no MI5, derruba Claude Whelan e mantém River Cartwright preso à mesa mais modesta da inteligência britânica.
MI5 às cegas: o vírus de Tara Younis paralisa o sistema
Logo de cara, o episódio 6 coloca a agência de segurança em colapso. Tara Younis, hacker líbia libertada por Claude Whelan, planta um vírus que derruba as redes do MI5. Sem acesso a câmeras nem bancos de dados, Regent Park fica vulnerável justamente quando a terrorista anuncia uma contagem regressiva de 60 minutos.
O pedido é claro: 100 milhões de libras depositados em uma conta nas Ilhas Cayman, além de passagem segura para fora do Reino Unido. Se a exigência não for atendida, ela promete um ataque a um local de culto cheio de fiéis em pleno domingo. A decisão do governo é imediata: autorizar o pagamento para evitar o banho de sangue.
Tara Younis se esconde na embaixada líbia e expõe Peter Judd
Para dificultar qualquer ação direta, Tara se entrincheira na embaixada da Líbia, protegida por imunidade diplomática. Enquanto ridiculariza Claude Whelan em transmissões ao vivo, ela exige falar com Diana Taverner, agora interina no comando do MI5.
Durante as negociações, Taverner descobre que a conta usada na chantagem pertence à Albion Holdings, truste offshore ligado a Peter Judd, ex-Secretário do Interior e consultor político visto em episódios anteriores. A ligação deixa claro que Judd intermediu a suposta “reparação” entre governo britânico e grupos líbios e, de quebra, cobrou honorários polpudos.
Slough House no centro da ação: o ataque escolhido é Abbotsfield
Mesmo após o depósito de 100 milhões, os extremistas decidem prosseguir com o plano. Liderados por Farouk e Kamal, eles elegem o centro multiconfessional de Abbotsfield como alvo, local simbólico construído depois de um massacre inicial. Jackson Lamb, farejando a jogada, destaca River Cartwright, JK Coe e Shirley Dander para impedir a tragédia.
Sem tempo para esperar reforços, o trio age no improviso. Shirley toma a arma de Coe e neutraliza Kamal com um tiro certeiro. Farouk, usando o político Zafar Jaffrey como escudo humano, quase conclui o ataque. A salvação vem quando Coe surge por trás e imobiliza o terrorista com uma faca. Resultado: nenhum civil é morto, e Slough House ganha mais um ponto no placar de serviços sujos.
Jackson Lamb captura Tara Younis e evita carnificina diplomática
No interior da embaixada, Lamb cria uma cena controlada para impedir que a unidade de elite “Dogs” invada o prédio. Ele simula que Catherine Standish virou refém por alguns segundos, o bastante para forçar a rendição sem disparos.
Imagem: Divulgação
Na fuga subsequente, Tara tenta escapar por um beco, mas Lamb a intercepta e a leva viva para custódia. A hacker se torna a peça-chave que permitirá responsabilizar os financiadores do ataque na justiça britânica.
A ameaça final: River Cartwright salva Claude Whelan
Com dois terroristas mortos e Tara presa, resta ainda Sami, o quarto integrante do grupo. Isolado da operação principal, ele persegue Claude Whelan, responsabilizando o ex-conselheiro por apoiar a retirada britânica da cidade líbia de Zliten em 2011 — decisão que custou a vida de sua família.
Sami encurrala Whelan durante uma corrida no parque. River Cartwright aparece a tempo, dispara duas vezes e impede o assassinato. O diretor do MI5 sobrevive, mas sua posição política fica por um fio.
Xeque-mate de Lamb derruba Whelan e salva Slough House
De volta a Slough House, River acredita que receberá uma promoção por salvar o chefe. Em vez disso, Claude Whelan chega com um plano para transferir toda a culpa da crise para Jackson Lamb. Segundo a narrativa que ele pretende vender à imprensa, Peter Judd teria alertado Slough House, e a negligência de Lamb permitiu o ataque.
Só que Lamb guarda um trunfo. Ele exibe a Whelan gravações obtidas no dispositivo de Dennis Gimball, comprometedoras o bastante para arruinar qualquer carreira pública: chantagens, confissões e visitas a acompanhantes. Sem saída, Whelan escolhe renunciar para evitar a divulgação do material.
Consequências: Diana no topo e River de volta ao chão
A renúncia de Whelan abre caminho para que Diana Taverner assuma oficialmente a diretoria do MI5. Em seu primeiro ato, ela mantém River em Slough House, negando a promoção sonhada. Jackson Lamb preserva sua equipe, garante que Roddy Ho retorne ao trabalho e cumpre a promessa a Molly Doran, assegurando sua recolocação em Regent Park.
O final de Slow Horses 5ª temporada mostra que, quando a versão oficial falha, o “porão” da inteligência britânica continua essencial. Slough House permanece aberta, River volta à mesa de sempre e Jackson Lamb segue em pé após mais um vendaval, pronto para o próximo jogo sujo que surgir.
