Já disponível na HBO Max, A Hora do Mal (Weapons) entrega um terror carregado de mistério e símbolos sinistros. O longa faz o público prender a respiração com o sumiço simultâneo de 17 crianças de uma mesma sala de aula.

Ao focar na busca desesperada desses menores e no caos que toma conta da pequena cidade norte-americana, o diretor Zach Cregger constrói uma trama que mistura horror sobrenatural e crítica social, mantendo a plateia alerta até os segundos finais.

O desaparecimento que parou a madrugada

Às 2h17, toda a turma do terceiro ano some sem deixar vestígios. Apenas Alex (Cary Christopher) fica em casa, dizendo não ter ideia do que ocorreu. A comunidade mergulha em medo, e os noticiários logo transformam o caso em manchete nacional.

Entre os mais abalados estão Justine (Julia Garner), professora da classe, e Archer (Josh Brolin), pai de um dos estudantes desaparecidos. Enquanto ela é pressionada pela polícia, ele se consome em raiva e passa a enxergar a educadora como possível culpada.

Tia Gladys: a verdadeira vilã de A Hora do Mal

Conforme as investigações avançam, surge a figura de Tia Gladys (Amy Madigan), parente distante que vive na casa de Alex. Embora o roteiro nunca use a palavra “bruxa”, é exatamente esse o papel que ela ocupa: uma entidade capaz de controlar mentes e sugar energia vital para prolongar a própria existência.

O garoto percebe que os pais estão completamente dominados por Gladys, imóveis e vazios, servindo apenas de alimento à criatura. Sob ameaça constante, Alex obedece às ordens dela e participa de um ritual que atrai os colegas de classe até o porão.

Controle mental e rituais com objetos pessoais

Para chamar as crianças, Gladys lança um feitiço usando etiquetas escolares com os nomes de cada aluno. Durante a madrugada, elas caminham hipnotizadas até a casa, entrando num transe profundo. No porão, viram fontes de energia que mantêm a bruxa cada vez mais forte.

Virada sobrenatural expõe a farsa

Archer finalmente questiona suas suspeitas quando presencia um ataque bizarro: Marcus (Benedict Wong), diretor da escola, possuído por Gladys, tenta matar Justine em plena rua. A cena deixa claro que algo inexplicável governa os eventos.

A partir daí, ex-professora e pai unem forças. A dupla resolve investigar a residência de Alex, certa de que a resposta se encontra ali. Eles descobrem os 17 alunos presos em círculo, alimentados e monitorados pelo menino, que vive um pesadelo sem fim.

Invasão e luta sangrenta dentro da casa

Ao entrar na propriedade, Justine e Archer enfrentam Paul (Alden Ehrenreich) e James (Austin Abrams), adultos também controlados por Gladys. O confronto é brutal. Em uma das sequências mais chocantes do terror recente, Justine usa um simples descascador de legumes como arma para se defender.

O caos toma conta dos corredores, com móveis voando e portas batendo sozinhas – sinal de que a bruxa sente a invasão e reage usando seus poderes psíquicos.

Alex decide pôr fim à tirania da bruxa

Cansado da manipulação, o garoto quebra a barreira de sal que isolava o quarto de Gladys. Em seguida, usa fios de cabelo arrancados da própria antagonista para lançar um contra-feitiço. O alvo? A mente das 17 crianças em transe, que passam a enxergar a bruxa como ameaça.

O resultado é devastador: os menores atacam Gladys de maneira impiedosa até não sobrar nada além de restos no chão. A sequência, embora violenta, simboliza a inversão de papéis entre vítimas e algoz.

Consequências após a morte de Gladys

Com o feitiço desfeito, todos os controlados recobram a consciência, mas não totalmente. Alex encontra os pais em estado catatônico; Archer vê as crianças, inclusive seu filho, estáticas em círculo, caladas. O trauma coletivo persiste mesmo sem a presença física do mal.

Anos depois, segundo a narração de uma das sobreviventes, alguns garotos voltam a falar, enquanto outros jamais se recuperam por completo. A Hora do Mal termina reforçando que certas feridas permanecem invisíveis, porém eternas.

Detalhes finais e símbolos que não desaparecem

O filme não traz cena pós-créditos tradicional. Em vez disso, exibe a figura de um triângulo que cresce na tela, o mesmo sinal associado aos encantamentos de Gladys. O recurso indica que vestígios da escuridão podem continuar rondando a cidade.

Para quem acompanha o catálogo do 365 Filmes, vale lembrar que A Hora do Mal combina terror psicológico e crítica social, tal qual Barbarian, produção anterior de Zach Cregger. Se ainda não conferiu, a obra já está no streaming, pronta para testar seus nervos.

Quer assistir?

A Hora do Mal está disponível na HBO Max. Prepare a pipoca, mas não se esqueça: algumas cenas são extremamente gráficas e podem perturbar espectadores mais sensíveis. Ficou curioso? Então dê o play e descubra por que esse final vem sendo tão comentado.

Leave A Reply