Não é segredo que o terror costuma esconder joias raras. Orçamentos enxutos e lançamentos discretos fazem várias produções passarem batido pelo grande público.
Nas últimas duas décadas surgiram obras capazes de renovar o gênero, misturando ficção científica, suspense psicológico e muito sangue. A seguir, reunimos dez filmes de terror modernos que quase ninguém comenta, mas que valem cada susto.
Possessor (2020) une sci-fi e violência gráfica
Dirigido por Brandon Cronenberg, filho do lendário David Cronenberg, Possessor apresenta uma assassina corporativa que usa implantes cerebrais para assumir o corpo de terceiros e executar alvos de alto escalão. Só que, ao habitar sua nova vítima, a protagonista trava uma batalha interna pelo controle da mente alheia.
Com 94% de aprovação na Rotten Tomatoes, o longa destaca imagens perturbadoras e questionamentos sobre identidade. Se você gosta de filmes de terror modernos que misturam tecnologia e horror corporal, coloque Possessor na lista.
Bliss (2019) mergulha na loucura criativa
Joe Begos dirige essa pérola indie sobre Dezzy, artista em bloqueio criativo que recorre a drogas alucinógenas para retomar a inspiração. O efeito colateral: um mergulho sem volta na insanidade e em atos violentos.
Visualmente hipnótico, Bliss não poupa o espectador. É intenso, direto e perfeito para quem procura filmes de terror modernos mais complexos, sem respostas fáceis.
Cuckoo (2024) brinca com expectativas
Com trailer enigmático, Cuckoo acompanha Gretchen, jovem que se muda para um balneário nos Alpes alemães e logo desconfia de hábitos estranhos do novo chefe do pai. A partir daí, nada é o que parece.
Hunter Schafer brilha no papel principal, e o suspense cresce em ritmo constante até explodir em sequências genuinamente assustadoras. Críticos aprovaram; falta o público descobrir.
Cam (2018) explora a paranoia digital
Lançado pela Netflix, Cam mostra Alice, camgirl que acorda e percebe ter sido substituída por um clone virtual. Sem entender a origem da impostora, ela corre contra o tempo para recuperar a própria vida.
Inspirado na experiência real da roteirista Isa Mazzei, o filme acerta na atmosfera claustrofóbica e no retrato das armadilhas da exposição online. Com 93% de aprovação, é um dos grandes filmes de terror modernos disponíveis na plataforma.
Triangle (2009) e o looping mortal em alto-mar
A produção britânica segue Jess, mãe solteira que faz um passeio de barco com amigos. Após uma tempestade, o grupo embarca em um transatlântico aparentemente vazio, apenas para ser caçado repetidamente.
O elemento de viagem no tempo traz reviravoltas criativas, e os minutos finais transformam um bom thriller em experiência inesquecível. Quem curte quebras de narrativa vai se divertir.
Creep (2014) reinventa o found footage
Mark Duplass deixa a veia cômica de lado para viver Josef, homem que contrata um videomaker com a desculpa de documentar seus últimos dias. O clima rapidamente muda da curiosidade para o desconforto total.
Imagem: Imagem: Divulgação
Gravado em formato documental, Creep depende do talento dos dois atores em cena e se sai muito bem. Tanto que a sequência alcançou 100% de aprovação, consolidando a dupla como referência em filmes de terror modernos de baixo orçamento.
Hush (2016) transforma o lar em armadilha
Mike Flanagan, responsável por A Maldição da Residência Hill, dirige o suspense em que Maddie, escritora surda, precisa sobreviver ao ataque de um psicopata mascarado dentro de casa.
A ausência de som para a protagonista gera tensão constante e situações engenhosas. Kate Siegel entrega atuação intensa, reforçando o mérito de Flanagan como mestre do terror contemporâneo.
You’re Next (2011) dá nova vida ao slasher
Lançado em época de baixa popularidade do subgênero, You’re Next coloca uma família em reunião quando assassinos mascarados cercam a casa. O diferencial surge quando Erin, convidada de fora, vira o jogo e passa a caçar os invasores.
Com ritmo ágil e doses de humor negro, o filme se destaca como um dos slashers mais inventivos deste século, prova de que filmes de terror modernos podem subverter fórmulas gastas.
Raw (2016) desperta o apetite pelo proibido
A coprodução franco-belga acompanha Justine, estudante vegetariana que, obrigada a comer carne em trote universitário, desenvolve desejo incontrolável por carne humana.
Gráfico e desconcertante, Raw recebeu 93% de aprovação por roteiro afiado e direção de Julia Ducournau, mostrando que o cinema europeu continua relevante nos filmes de terror modernos.
I Saw the TV Glow (2024) mistura adolescência e ruptura da realidade
Em longa de Jane Schoenbrun, dois adolescentes criam laços através de um seriado de TV cult. Ao longo dos anos, a relação os leva a questionar identidade, gênero e o próprio mundo ao redor.
Com visual marcante e atuações sólidas de Justice Smith e companhia, o filme já figura entre os destaques de 2024. Um lembrete de que o terror pode servir de espelho social.
Por que esses títulos são tão pouco comentados?
Lançamentos em festivais, distribuição limitada e falta de marketing explicam parte do anonimato. Ainda assim, a qualidade técnica e narrativa dos dez filmes comprova que vale gastar algumas horas à procura dessas obras.
O 365 Filmes convida você a sair da zona de conforto e ampliar o repertório. Depois de conhecer estas sugestões, impossível dizer que faltam filmes de terror modernos criativos por aí.
