O suspense pós-apocalíptico A House of Dynamite, estrelado por Rebecca Ferguson, mal chegou ao catálogo e já desbancou concorrentes de peso na Netflix. Em apenas um dia, o longa assumiu a liderança do Top 10 mundial, ultrapassando o até então favorito The Perfect Neighbor.

A produção marca a estreia da atriz sueca em um filme original da plataforma e consolida seu bom momento, depois de participações de destaque em Duna e na franquia Missão: Impossível. O desempenho meteórico reforça a força dos thrillers políticos no streaming e chama a atenção do público brasileiro que acompanha tudo aqui no 365 Filmes.

Estreia relâmpago e ascensão imediata

Lançado em circuito limitado de cinemas em 3 de outubro, o filme chegou ao serviço de streaming em 24 de outubro. Bastaram 24 horas para A House of Dynamite assumir o primeiro lugar no ranking, quebrando a sequência vitoriosa de The Perfect Neighbor. A lista ainda traz títulos populares como KPop Demon Hunters, Taken in Plain Sight e The Twits, mas nenhum conseguiu segurar o avanço da nova aposta de suspense político da plataforma.

Do ponto de vista de bastidores, a corrida pelo topo era observada de perto: especialistas previam boa recepção graças ao elenco estrelado e ao nome forte que assina a direção, mas a velocidade da conquista surpreendeu até os mais otimistas. Para a Netflix, o resultado é mais um indicativo de que longas com temática governamental e cenário de crise seguem atraindo grande audiência.

Enredo: contagem regressiva para Chicago

No roteiro escrito por Noah Oppenheim, uma única informação despenca sobre o Salão Oval: um míssil nuclear de origem desconhecida está a caminho de Chicago. A partir daí, o filme mergulha o espectador na sala de situação da Casa Branca, mostrando como diferentes figuras com poder de decisão lidam com o dilema em tempo real.

Rebecca Ferguson interpreta a capitã Olivia Walker, peça-chave na engrenagem militar que tenta impedir o ataque. Ao lado dela, nomes como Idris Elba (no papel do presidente dos Estados Unidos), Gabriel Basso, Anthony Ramos e Greta Lee formam o elenco que corre contra o relógio para salvar milhões de vidas.

Kathryn Bigelow volta atrás das câmeras

A House of Dynamite marca o retorno de Kathryn Bigelow à direção, sete anos após Detroit em Rebelião (2017). Primeira mulher a vencer o Oscar de Melhor Direção em 2010, por Guerra ao Terror, Bigelow volta ao centro dos holofotes com mais um projeto de tensão militar e nuances políticas.

O histórico da cineasta, aliado à atmosfera de urgência do roteiro, já vem colocando o longa nas bolsas de apostas da temporada de premiações. Desde a première em Veneza, críticos comentam a possibilidade de novas indicações para Bigelow, embora a recepção não seja unânime.

Recepção crítica dividida

No Rotten Tomatoes, o filme registra 79% de aprovação da crítica especializada e 76% do público. Entre os elogios, destaca-se a forma como a narrativa fragmenta o ponto de vista, exibindo o caos político, militar e social que envolve um possível ataque nuclear.

Nem todos, porém, ficaram convencidos. O crítico Gregory Nussen, do portal ScreenRant, deu nota 3/10, classificando a obra como “entediante” e criticando personagens que, segundo ele, carecem de complexidade. A disparidade de opiniões não impediu o crescimento de espectadores, o que reforça o poder de atração do tema e do elenco.

Detalhes de produção e elenco

Confira os principais dados técnicos confirmados pela Netflix:

Thriller político de Rebecca Ferguson assume topo do ranking da Netflix em apenas 24 horas - Imagem do artigo original

Imagem: Imagem: Divulgação

  • Direção: Kathryn Bigelow
  • Roteiro: Noah Oppenheim
  • Duração: 113 minutos
  • Lançamento em cinemas: 3 de outubro
  • Estreia no streaming: 24 de outubro
  • Elenco principal: Rebecca Ferguson, Idris Elba, Gabriel Basso, Anthony Ramos, Greta Lee

A produção executiva ficou a cargo de Brian Bell e Greg Shapiro, parceiros habituais de Bigelow, que apostaram em um conceito de “tempo real” para amplificar a tensão. A ideia de que cada segundo conta, explicam, norteou as escolhas de montagem e trilha sonora.

Próximos passos de Rebecca Ferguson

O êxito de A House of Dynamite não encerra a parceria de Ferguson com o streaming. A atriz já está confirmada em The Immortal Man, filme que levará o universo de Peaky Blinders para as telas de cinema, com estreia prevista para 2026. No mesmo período, ela também retornará ao papel de Lady Jessica em Duna: Parte Três, ainda que de maneira mais discreta.

Enquanto as novas produções não chegam, fãs têm no thriller político da Netflix o mais recente capítulo da carreira da atriz, que parece cada vez mais confortável em papéis de liderança. Se você curte tramas tensas e decisões de alto risco, vale colocar A House of Dynamite na lista e conferir o motivo de tanta repercussão.

Por que o filme viralizou tão rápido?

Existem alguns fatores que ajudam a explicar a explosão de audiência:

  1. Elenco conhecido: Ferguson e Idris Elba já carregam público fiel.
  2. Direção premiada: Bigelow virou sinônimo de qualidade em histórias militares.
  3. Temática atual: o medo de ataques nucleares volta e meia retorna ao noticiário.
  4. Campanha de marketing: teasers curtos e foco na urgência da trama geraram curiosidade.

Aliar todos esses elementos em um lançamento global foi decisivo para garantir que milhares de assinantes apertassem o play logo no primeiro dia. A tendência agora é observar se o longa mantém fôlego nas próximas semanas do Top 10.

O que esperar a seguir

Com menos de uma semana de exibição, já começam especulações sobre possíveis indicações a prêmios de direção e montagem. A Netflix não confirma, mas fontes internas sugerem que campanhas de marketing voltadas a festivais devem ser intensificadas.

Para quem gosta de escalada de tensão, diálogos afiados e dilemas éticos em posições de poder, A House of Dynamite entrega 113 minutos de pura adrenalina. Resta saber se a obra conseguirá traduzir o sucesso de audiência em reconhecimentos formais quando a temporada de estatuetas chegar.

Por ora, o título segue firme no topo — e, se depender da curiosidade do público brasileiro, tem tudo para permanecer lá por um bom tempo.

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