Dirigido por Tina Romero, filha do lendário George A. Romero, Queens of the Dead chega com a missão de misturar mortos-vivos, humor e cultura drag em plena Nova Iorque. O longa de 99 minutos aposta alto na energia do elenco e em muito brilho para conquistar o público.
Previsto para 24 de outubro de 2025, o filme promete diversão descompromissada, mas a crítica original indica que, quando o assunto é tensão ou gargalhada, a produção não atinge o alvo. A seguir, reunimos todos os pontos levantados sobre essa estreia aguardada pelos fãs de zumbis e por quem curte novas novelas e doramas — público que também acompanha o site 365 Filmes.
Enredo sem explicação para o surto zumbi
Em Queens of the Dead, os mortos se levantam em Manhattan, mas o roteiro não perde tempo explicando a causa do caos. Segundo a crítica, o foco recai na tentativa dos vivos de sobreviver, não na origem do vírus ou feitiço que transforma gente comum em cadáveres famintos.
A abertura já mostra o tom desconcertante: uma drag queen é atacada dentro de uma igreja logo após o show. Com pele acinzentada e olhos esbugalhados, os zumbis têm visual marcante, recurso simples, porém criativo, para diferenciá-los dos vivos no meio de tanto neon e paetê.
Personagens centrais movimentam Queens of the Dead
O longa reúne figuras que carregam a trama:
- Dre (Katy O’Brian), gerente de palco em crise no clube Yum;
- Sam (Jaquel Spivey), enfermeiro e ex-drag queen que abandonou uma apresentação decisiva;
- Lizzy (Riki Lindhome), colega de Sam e esposa de Dre;
- Nina West, drag queen consagrada que passa por apuros.
A tensão emocional deveria vir, principalmente, de Dre e Sam — ou Samoncé, como é conhecida nos palcos. Entretanto, a resenha aponta que esses conflitos são apenas esboçados. A maioria das interações fica na superfície, enquanto a trama avança de cena em cena sem aprofundar as mágoas ou motivações.
Estilo sobra; terror e comédia faltam
Quem procura sustos clássicos pode se frustrar. De acordo com o texto original, Queens of the Dead não investe em jumpscares nem em momentos de suspense prolongado. A ambientação zumbi serve mais como pano de fundo para o desfile de figurinos e performances.
No quesito humor, o filme também decepciona: a crítica cita piadas que parecem marcar hora, cumprindo uma lista de “momentos engraçados” sem naturalidade. Falta o timing necessário para arrancar gargalhadas, deixando o clima num meio-termo que não assusta nem faz rir.
Ritmo ágil mantém a atenção
Se o terror e a comédia ficam devendo, o ritmo resgata parte da experiência. A direção de Tina Romero sustenta uma cadência leve: as cenas não se alongam e o enredo segue fluido, mantendo o espectador curioso sobre a próxima apresentação drag ou ataque zumbi.
Essa energia frenética ganha reforço de um elenco visivelmente entrosado. A crítica destaca que a diversão dos atores no set transparece, ajudando a prender o público mesmo quando os diálogos não entregam tanta substância.
Imagem: Imagem: Divulgação
Falta de stakes reais compromete o impacto
Outro ponto ressaltado é a ausência de perigo palpável. Sem aprofundar os medos dos protagonistas, o filme evita riscos dramáticos maiores. A violência zumbi acontece, mas não há a sensação de que qualquer personagem amado possa realmente perecer, o que dilui a tensão.
Consequentemente, os momentos de “vida ou morte” ficam mais próximos de um show de variedades do que de um terror clássico, afastando quem buscava adrenalina no estilo de George A. Romero.
Nota atribuída pela crítica: 5/10
Com visual marcante e elenco dedicado, Queens of the Dead ganha pontos pela originalidade de colocar drag queens enfrentando mortos-vivos em Nova Iorque. Apesar disso, a crítica determina que o longa não chega a ser verdadeiramente assustador nem hilariante, resultando em entretenimento mediano.
Informações técnicas
Título original: Queens of the Dead
Direção: Tina Romero
Roteiro: Tina Romero, Erin Judge
Produção: Matt Miller
Gêneros: Comédia, Terror
Duração: 99 minutos
Data de lançamento: 24 de outubro de 2025
Elenco principal: Katy O’Brian (Dre), Jaquel Spivey (Sam), Riki Lindhome (Lizzy), Nina West
Vale a pena assistir?
Segundo a análise original, o filme pode agradar quem deseja ver drag queens lutando contra zumbis em um espetáculo colorido, sem exigir coerência ou sustos genuínos. Para quem prefere histórias com tensão, sustos planejados e personagens evoluindo, talvez a experiência pareça rasa.
Se a curiosidade falar mais alto, marque na agenda: Queens of the Dead estreia em 24 de outubro de 2025. Assim, cada espectador poderá decidir se o desfile de brilho supera as falhas apontadas pela crítica.
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