Jeremy Allen White gravou várias faixas de Bruce Springsteen para o longa Deliver Me From Nowhere. Ainda assim, a icônica “Dancing in the Dark” não apareceu na trilha final, surpreendendo quem esperava ouvir o sucesso de 1984 na telona.
O diretor Scott Cooper confirmou que a versão foi registrada, mas acabou vetada para manter o foco narrativo no álbum Nebraska, de 1982. A decisão gerou curiosidade não só entre fãs, mas também no próprio elenco.
Por que “Dancing in the Dark” não entrou no filme
Em conversa com a imprensa internacional, Scott Cooper explicou que a escolha musical precisava refletir o período turbulento vivido por Springsteen antes da explosão comercial de Born in the USA. Segundo o cineasta, iniciar a história com faixas como Born to Run para depois mergulhar na crueza de Nebraska criaria um contraste simbólico mais forte sobre o estado emocional do artista.
Cooper disse ainda que diversas canções foram captadas durante as filmagens, mas somente algumas compunham a narrativa desejada. O recorte cronológico se concentrou no processo intimista de gravação de Nebraska, álbum conhecido pela sonoridade espartana e letras sombrias. Dessa forma, hits radiofônicos, inclusive “Dancing in the Dark”, ficaram de fora do corte oficial.
Jeremy Allen White defende uma versão do diretor
O intérprete de Springsteen revelou que adoraria ver sua performance de “Dancing in the Dark” em um futuro Director’s Cut de Deliver Me From Nowhere. White comentou que a gravação aconteceu em um dia de filmagem especial no lendário Stone Pony, em Nova Jersey, com cerca de 300 figurantes e o próprio Bruce sentado na plateia.
Para o ator, a energia da multidão, somada à presença do ídolo, foi fundamental para “se perder” no papel, tornando a cena inesquecível. Ainda que a sequência não tenha chegado ao cinema, White acredita que o público mereça assisti-la em edições posteriores ou material extra.
O que realmente toca em Deliver Me From Nowhere
Embora centrado no repertório de Nebraska, o filme não se limita apenas ao álbum de 1982. A trilha conduzida por White inclui versões de “Born in the USA” e “I’m on Fire”, fornecendo um vislumbre da transição artística de Springsteen sem afastar o foco principal.
As músicas selecionadas criam um arco dramático que acompanha a jornada do cantor, evidenciando suas angústias pessoais e o processo de reinvenção que antecedeu o estouro comercial de 1984. Cooper buscou equilibrar fidelidade histórica e ritmo cinematográfico para manter a audiência envolvida.
Recepção crítica e expectativas de bilheteria
Até o momento, Deliver Me From Nowhere mantém 66% de aprovação no Rotten Tomatoes, desempenho modesto em comparação com A Complete Unknown — cinebiografia de Bob Dylan que alcançou 82% e uma indicação ao Oscar de Melhor Filme. Mesmo assim, projeções do mercado apontam que a estreia da obra sobre Springsteen pode render até 10 milhões de dólares no primeiro fim de semana, valor parecido com os 11 milhões da abertura doméstica do longa sobre Dylan.
No portal de críticas que atribuiu nota 4/10 à produção, a atuação de Jeremy Allen White foi destacada positivamente. O site elogiou a entrega do ator ao reproduzir a persona de palco de Springsteen, descrevendo-o como “um homem possuído” — performance que pode atrair fãs curiosos mesmo diante de avaliações mistas.
Imagem: Imagem: Divulgação
Detalhes de produção: elenco, equipe e lançamento
Deliver Me From Nowhere tem direção e roteiro de Scott Cooper, com colaboração do escritor Warren Zanes. O elenco conta com Jeremy Allen White no papel principal, Jeremy Strong em participação confirmada e o próprio Bruce Springsteen listado entre os nomes envolvidos.
Com 112 minutos de duração, o filme tem estreia marcada para 24 de outubro de 2025. A distribuição mira um público amplo, composto por fãs do rock, cinéfilos e curiosos pela história do cantor de Nova Jersey.
A influência de Nebraska na narrativa
Lançado em 1982, Nebraska representou uma guinada artística para Springsteen, com arranjos mínimos e temáticas sombrias. O longa explora essa fase vulnerável, evidenciando conflitos internos que o músico precisou resolver antes de abraçar o sucesso massivo de Born in the USA.
Contraste entre eras musicais
Ao deixar “Dancing in the Dark” de fora, Cooper reforça o contraste entre o Springsteen introspectivo de Nebraska e o astro das paradas de 1984. A ausência do hit ajuda a preservar a linha do tempo e destaca o ponto de virada que o artista vivenciou.
Futuro: veremos a cena perdida?
A possibilidade de um Director’s Cut desperta curiosidade entre fãs e críticos. Jeremy Allen White reiterou que insistirá para que a sequência no Stone Pony, com “Dancing in the Dark”, seja divulgada em eventual edição estendida ou material bônus — cenário comum em lançamentos de home video e streaming.
Enquanto isso, o público poderá conferir Deliver Me From Nowhere nos cinemas e decidir se a abordagem concentrada em Nebraska faz jus à profundidade emocional de Bruce Springsteen. Quem sabe, em breve, a versão estendida traga luz à performance que permanece guardada.
O Resumo de Novelas seguirá de olho em qualquer novidade sobre essa possível edição especial e traz mais notícias assim que forem confirmadas.
