Dan Trachtenberg vem explorando novos caminhos para a franquia Predador desde 2022, quando dirigiu o elogiado Prey. Ainda assim, o cineasta mantém um carinho especial pelos sobreviventes – e não tão sobreviventes – do primeiro longa de 1987.
Em conversa recente com a repórter Ash Crossan, Trachtenberg admitiu que gostaria de revisitar Billy, o batedor interpretado por Sonny Landham, mesmo reconhecendo que quase todos os humanos enfrentaram destinos brutais diante dos Yautja.
Diretor vê potencial em resgatar personagens clássicos
Questionado sobre qual personagem antigo faria mais falta no universo que está construindo, Trachtenberg não titubeou: “Billy era incrível”. Segundo o diretor, apesar de muita gente ter sido “morta de forma bem gráfica”, o rastreador da equipe de Dutch (Arnold Schwarzenegger) continua a intrigá-lo por sua coragem silenciosa.
O diretor recordou que ele e sua equipe já “trouxeram de volta muitos favoritos ou abriram espaço para isso”. A afirmação faz sentido: em Killer of Killers, segundo projeto de Trachtenberg no universo, nomes conhecidos ficaram em animação suspensa, prontos para eventuais retornos.
Billy, o rastreador original
No filme de 1987, Billy Sole conquistou o público com seu faro aguçado para o perigo. O personagem não hesitou em enfrentar o Predador sozinho na beira de um rio, cena que se tornou uma das mais lembradas da saga. Infelizmente, o confronto terminou com a morte violenta do batedor, típico troféu do caçador alienígena.
Desafios para reviver um herói já morto
Trazer Billy de volta exigiria criatividade. O corpo foi encontrado sem pele e sem espinha, marca registrada dos Yautja. Além disso, o ator Sonny Landham faleceu em 2017, o que impede um retorno tradicional. Entre as possibilidades citadas por fãs estão flashbacks, gravações de áudio recuperadas ou até alucinações envolvendo Dutch, mas o cineasta não confirmou nenhum plano concreto.
Trilhas percorridas por Trachtenberg na franquia
Desde Prey, ambientado em 1719 e estrelado por Amber Midthunder, Trachtenberg equilibrou nostalgia e novidade. O longa manteve a tensão do original ao mesmo tempo que apresentou a cultura Comanche, uma mudança de cenário que agradou público e crítica.
Depois veio Predator: Killer of Killers, ambientado em diferentes períodos. A produção termina com Naru (Midthunder), Mike Harrigan (Danny Glover) e o próprio Dutch presos em câmaras criogênicas, recurso que abriu um leque de caminhos narrativos.
De Prey a Killer of Killers
A abordagem antológica permite explorar diferentes épocas sem abandonar a essência da caça. Em Prey, o Predador testou suas habilidades contra uma guerreira indígena; em Killer of Killers, o alienígena confrontou combatentes endurecidos pelos séculos. Essa alternância reforça a ideia de que qualquer período histórico pode servir de arena para os Yautja.
Suspensão animada: gancho para retorno de Dutch, Naru e Harrigan
A cena final de Killer of Killers foi a mais próxima que a série chegou de reintroduzir protagonistas veteranos. Dutch, vivido por Schwarzenegger, divide o cubo criogênico com Naru e Harrigan, três gerações de guerreiros em compasso de espera. Se Billy encontrar espaço nesse cenário, caberá a Trachtenberg decidir se será lembrança, projeção ou algo totalmente novo.
O que esperar de Predator: Badlands
Com estreia marcada para 5 de novembro de 2025, Predator: Badlands promete levar os caçadores para o espaço profundo. O roteiro assinado por Trachtenberg, Patrick Aison e os criadores da franquia, Jim e John Thomas, sugere batalhas em terreno inexplorado, longe da Terra e de suas florestas tropicais.
Imagem: MovieStillsDB
O elenco confirmado traz Elle Fanning no papel de Thia/Tessa e Dimitrius Schuster-Koloamatangi como Dek, nomes que reforçam a intenção de misturar novos rostos à mitologia estabelecida. A classificação indicativa permanece em PG-13, enquanto a duração oficial foi fixada em 107 minutos.
Produção, equipe e legado
Além de dirigir, Trachtenberg atua como produtor ao lado de Brent O’Connor, John Davis, Marc Toberoff e Ben Rosenblatt. Como nos títulos anteriores, a promessa é mesclar ação, suspense e ficção científica sem perder o DNA caçador-versus-presa que garante à série longevidade desde 1987.
A saga Predador já rendeu cinco longas, quadrinhos, animações e até confrontos com o universo Alien em cinemas e videogames. Mesmo após quase quatro décadas, a marca continua relevante – e sites como 365 Filmes percebem o apetite constante dos fãs por novidades da franquia.
Por que Billy continua no radar de Dan Trachtenberg?
A figura de Billy simboliza o duelo puro entre homem e criatura. Sem armas futuristas nem plano elaborado, ele confiou no próprio instinto. Para Trachtenberg, reviver essa essência poderia reforçar o contraste entre tecnologia avançada dos Yautja e a resistência humana fundamentada em coragem bruta.
Contudo, como o diretor mesmo reconheceu, “trazer Billy será um feito mais complicado”. Entre licenças criativas, respeito ao legado do ator e exigências de cronologia, a decisão final ainda parece distante. Até lá, fãs especulam: veremos o rastreador em flashbacks, hologramas ou numa versão rejuvenescida?
O que diz o histórico da série
Predator raramente volta atrás na morte de seus combatentes. Quando isso ocorre, costuma ser em histórias paralelas, quadrinhos ou videogames, não nas telas principais. Por isso, se Billy realmente reaparecer em Badlands ou em outro projeto, será algo inédito na linha temporal principal.
Futuro da caça intergaláctica
Com Prey 2 em conversas preliminares e Badlands já datado, o universo Predador tem agenda cheia. Se depender de Dan Trachtenberg, continua havendo espaço para homenagear figuras cultuadas e, simultaneamente, introduzir heróis de épocas distintas.
Por enquanto, a única certeza é que a curiosidade do público permanece viva. Seja em 1719, 1997 ou em algum ponto remoto da galáxia, a caçada jamais termina – e qualquer pista sobre o retorno de Billy só aumenta a expectativa para os próximos capítulos dessa saga lendária.
