A saga Predator voltou aos holofotes nos últimos anos graças aos três longas comandados por Dan Trachtenberg. De 2022 para cá, o cineasta entregou Prey, Predator: Killer of Killers e, mais recentemente, Predator: Badlands, previsto para chegar aos cinemas em 5 de novembro de 2025.
Os números de bilheteria e a recepção do público mostram que a estratégia está funcionando. O ponto comum entre todas as produções é simples, porém desafiador: cada obra encerra sua história com um clímax redondo, cheio de ação e reviravoltas que ampliam o universo Yautja. Essa insistência em “fechar com chave de ouro” explica por que o final dos filmes Predator virou assunto dentro e fora das salas de exibição.
O segredo por trás do final dos filmes Predator de Dan Trachtenberg
Trachtenberg entende que o espectador precisa sair impactado. Esse raciocínio já estava presente no clássico de 1987, quando Dutch (Arnold Schwarzenegger) enfrentou o alienígena na selva. O diretor norte-americano resgatou essa essência e acrescentou camadas narrativas que mantêm a tensão até os segundos finais, atitude rara no gênero.
Em todos os três longas, o roteiro planta pistas que explodem no clímax: armadilhas criativas, inversões de expectativa e, principalmente, consequências diretas para os protagonistas. O resultado é uma experiência que começa intensa e termina ainda mais forte, algo que muitos blockbusters prometem, mas poucos entregam.
Prey: quando o risco valeu a pena
Lançado em 2022, Prey trocou metralhadoras futuristas por arcos e flechas do século XVIII. A jovem caçadora Naru (Amber Midthunder) precisou usar o ambiente a seu favor para derrotar o Feral Predator e, no clímax, convenceu a criatura a se ferir com a própria arma.
Ao apostar em ação minimalista e ritmo de thriller, Trachtenberg provou que o final dos filmes Predator não depende apenas de efeitos grandiosos. Bastou um confronto inventivo para transformar Prey em sucesso de streaming e abrir caminho para as sequências cinematográficas.
Como o clímax foi construído
Além da ambientação histórica, o diretor reforçou a jornada de superação da protagonista. Cada obstáculo enfrentado por Naru culminou no duelo derradeiro, justificando cada decisão narrativa tomada ao longo da projeção.
Predator: Killer of Killers e o truque da antologia
Chegando aos cinemas em 2024, a produção se vendeu como antologia, mas surpreendeu ao unir três linhas temporais em um ato final conjunto. Quando o público percebeu a conexão entre as histórias, o choque foi imediato.
No frenético encerramento, caçadores humanos de épocas distintas fugiram lado a lado, ampliando o lore e criando ganchos naturais para futuros capítulos. A manobra deu novo gás à marca e fortaleceu o padrão de finais impactantes.
Imagem: Imagem: Divulgação
Impacto no universo Yautja
O longa introduziu a ideia de “predadores de Predators”, conceito que mexe com a hierarquia dos caçadores intergalácticos e adiciona tensão extra a qualquer encontro futuro.
Predator: Badlands leva o conceito ao limite
Terceiro longa de Trachtenberg, Badlands chegará às telonas em 5 de novembro de 2025, com 107 minutos de duração e classificação PG-13. O filme acompanha Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) e Thia/Tessa (Elle Fanning) em um planeta prisão chamado Genna.
No clímax, considerado o mais ousado da franquia, Dek retorna à terra natal para enfrentar o próprio pai, líder de clã Yautja. Utilizando táticas aprendidas no planeta morte, ele derrota o patriarca, toma o canhão de ombro como símbolo de status e funda seu próprio grupo. A cena combina luta coreografada apenas com as pernas, desenvolvimento de personagem e expansão de universo.
Elenco e equipe
- Direção e roteiro: Dan Trachtenberg (coautor ao lado de Patrick Aison e dos irmãos John e Jim Thomas)
- Produção: Brent O’Connor, John Davis, Marc Toberoff, Dan Trachtenberg e Ben Rosenblatt
- Elenco principal: Elle Fanning (Thia/Tessa) e Dimitrius Schuster-Koloamatangi (Dek/Pai)
Por que acertar o final importa tanto
Num mercado lotado de franquias, exibir criatividade no desfecho é vital para manter o interesse do público e garantir novas sequências. O final dos filmes Predator de Trachtenberg cumpre exatamente esse objetivo: encerra a trama do capítulo corrente e, ao mesmo tempo, deixa perguntas em aberto.
Para quem acompanha novelas ou doramas, o efeito é semelhante ao “gancho” antes do próximo episódio: impossível não querer mais. Sob essa perspectiva, a estratégia evidencia por que Badlands já desperta expectativa por títulos futuros, tendência acompanhada de perto pelo site 365 Filmes.
O que vem pela frente
Com Badlands batendo recordes de pré-venda e os dois filmes anteriores bem avaliados, é pouco provável que o cineasta se despeça do universo Yautja tão cedo. Por ora, a certeza é que, enquanto Trachtenberg mantiver a fórmula de encerramentos surpreendentes, a franquia Predator continuará relevante para novas gerações de espectadores.
