A corrida de adaptações de Stephen King em 2025 ganhou um novo capítulo — e um recorde. Lançado em 14 de novembro, The Running Man liderou o ranking de estreias domésticas do ano para obras do autor, mesmo sem alcançar as projeções iniciais.
Com US$ 17 milhões arrecadados nos três primeiros dias, o thriller de Edgar Wright superou The Monkey e The Long Walk, porém ainda precisa correr — e muito — para cobrir um orçamento estimado em US$ 110 milhões.
Bilheteria doméstica coloca Wright no topo entre as adaptações de 2025
Segundo previsões de mercado, os números do fim de semana abriram caminho para o melhor desempenho de estreia de um filme baseado em Stephen King neste ano. Até então, o posto era de The Monkey, que fechou seu primeiro fim de semana com US$ 14 milhões.
Os dados também garantem a segunda melhor abertura da carreira de Edgar Wright, atrás apenas de Baby Driver (US$ 20,5 milhões). No entanto, a performance ficou abaixo da estimativa inicial de US$ 20 milhões, sugerindo uma recepção menos empolgada do que o estúdio esperava.
Números do Top 3 de 2025
• The Running Man — US$ 17 mi
• The Monkey — US$ 14 mi
• The Long Walk — US$ 11 mi
Comparação com 1987 e outras estreias da semana
A nova versão praticamente dobrou o resultado do longa de 1987 estrelado por Arnold Schwarzenegger, que fez US$ 8,1 milhões na estreia. Mesmo assim, não alcançou o primeiro lugar geral nos cinemas norte-americanos: Now You See Me: Now You Don’t estreou no topo com US$ 24 milhões.
Para quem acompanha diariamente o site 365 Filmes, vale notar que a distância em relação ao concorrente refletiu, em parte, a classificação indicativa. Enquanto The Running Man recebeu censura para maiores (R), o terceiro capítulo da franquia de ilusionistas veio com selo PG-13 e, portanto, público potencial mais amplo.
Custo elevado pressiona retorno financeiro
Com investimento de US$ 110 milhões, The Running Man é a adaptação mais cara de Stephen King em 2025. A cifra é quatro vezes superior à do longa de 1987 (US$ 27 milhões) e mais alta que os orçamentos combinados de The Monkey (US$ 10 mi) e The Long Walk (US$ 20 mi).
O panorama internacional tampouco oferece alívio imediato: projeções iniciais apontam para apenas US$ 11,2 milhões fora dos Estados Unidos, somando um total global aproximado de US$ 28,2 milhões. O ponto de equilíbrio, portanto, ainda parece distante.
Imagem: Imagem: Divulgação
Recepção crítica morna pode ter afetado o resultado
A estreia veio acompanhada de comentários mistos. No Rotten Tomatoes, o filme registra 64 % de aprovação, menor índice da carreira de Wright. Críticos elogiaram a atuação de Glen Powell como Ben Richards e as sequências de ação, mas citaram um terceiro ato confuso e a execução tímida da crítica social presente no romance original.
Em uma época em que a opinião dos primeiros espectadores circula rapidamente nas redes, a avaliação morna pode ter segurado parte do público no fim de semana inaugural.
Streaming e feriado de Ação de Graças como possíveis reforços
Com o feriado de Ação de Graças se aproximando nos Estados Unidos, o longa terá nova chance de atrair público às salas. Além disso, casos recentes — como The Accountant 2 e Ballerina — mostram que uma performance discreta nos cinemas não impede sucesso posterior nas plataformas de streaming.
The Running Man ainda não tem data confirmada para chegar ao video on demand, mas outras adaptações de King lançadas em 2025, caso de The Life of Chuck e The Long Walk, ganharam fôlego quando disponibilizadas on-line.
Painel comparativo das adaptações de 2025
Filme | Orçamento | Estreia Doméstica | Total Doméstico | Mundial
The Monkey | ~US$ 10 mi | US$ 14,0 mi | US$ 39,7 mi | US$ 63,7 mi
The Life of Chuck | ~US$ 25 mi | US$ 2,1 mi | US$ 6,7 mi | US$ 11,3 mi
The Long Walk | ~US$ 20 mi | US$ 11,7 mi | US$ 35,2 mi | US$ 62,2 mi
The Running Man | ~US$ 110 mi | US$ 17,0 mi | US$ 17,0 mi | US$ 28,2 mi
Resumo do cenário atual
Fechando o calendário de adaptações de Stephen King em 2025, The Running Man ostenta a melhor estreia do grupo, mas carrega também o maior orçamento. Agora, a produção corre contra o tempo para ampliar a base de espectadores, tanto nos cinemas quanto no streaming, e transformar o recorde inicial em lucro efetivo.
