Predator: Badlands chegou aos cinemas provando que a franquia ainda tem fôlego. O filme coloca o Yautja Dek no centro da ação e mostra que, às vezes, basta mudar o ponto de vista para revigorar uma saga.
Com uma recepção calorosa de público e crítica, Badlands se transforma em referência imediata para qualquer continuação. E o próximo Alien vs. Predator, já especulado após a boa estreia, encontra aqui uma fórmula que pode evitar os tropeços do passado.
Por que Predator: Badlands mudou o jogo
Ao contrário dos longas anteriores, Badlands não foca em personagens humanos. O protagonismo recai sobre Dek, um jovem Yautja em busca de provar seu valor. A escolha cria empatia e, ao mesmo tempo, mantém o espectador próximo daquilo que realmente importa: o confronto de espécies.
Outro ponto central é a presença marcante da Weyland-Yutani. A corporação, conhecida do universo Alien, vasculha o planeta Genna atrás de uma criatura exclusiva para suas experiências. Essa caçada coloca a empresa em rota de colisão com Dek e mostra o alcance galáctico de suas ambições, estabelecendo um inimigo comum também para os Xenomorfos.
Números que explicam o sucesso de Badlands
Os primeiros dados de bilheteria são animadores. Badlands abriu com US$ 79,2 milhões, o melhor fim de semana de estreia de toda a série Predator. O orçamento divulgado gira em torno de US$ 105 milhões, valor que deve ser superado em breve caso o boca a boca continue forte e o longa atinja a meta extraoficial de US$ 200 milhões para ser considerado um sucesso comercial completo.
No Rotten Tomatoes, Badlands exibe 85 % de aprovação da crítica, superando com folga os dois filmes Alien vs. Predator. Para comparar, AVP (2004) registrou apenas 21 %, enquanto Requiem (2007) caiu para 12 %. Nas bilheterias, os dois títulos renderam US$ 177,4 milhões e US$ 130,3 milhões, respectivamente, mas nunca conquistaram a crítica.
O que deu errado nos dois primeiros Alien vs. Predator
Em 2004, Alien vs. Predator chegou com grande expectativa, porém acabou subutilizando o embate principal. A trama humana dividiu a atenção, tornando o conflito Xenomorfo-Predador coadjuvante. Três anos depois, Requiem repetiu a fórmula, mas com ainda menos desenvolvimento de personagens ou contexto convincente.
Os humanos serviam, na prática, apenas de “alvo” para ambas as criaturas, contribuindo pouco para o enredo. Resultado: personagens pouco memoráveis e histórias que não engajaram o público. A ausência de um protagonista cativante impediu que os espectadores se importassem verdadeiramente com o desfecho.
Como a nova fórmula pode influenciar o próximo Alien vs. Predator
Badlands demonstra que uma narrativa focada no Predador funciona. Dek é carismático, possui motivações claras e, acima de tudo, está diretamente ligado ao coração do conflito. Segui-lo no próximo Alien vs. Predator eliminaria a necessidade de introduzir humanos supérfluos e permitiria concentrar o tempo de tela naquilo que os fãs esperam: um duelo épico entre as duas espécies mais letais do universo.
Imagem: Imagem: Divulgação
A presença da Weyland-Yutani também se mostra valiosa. Ao explorar a corporação como antagonista, o roteiro cria tensão sem recorrer a subtramas humanas extensas. Com uma ameaça corporativa unindo temporariamente Yautjas e Xenomorfos, o longa ganha profundidade sem perder o ritmo de ação.
Foco na ação, não na quantidade de personagens
Levar a fórmula adiante exige priorizar embates bem coreografados, cenários variados e construção de suspense. Menos figuras coadjuvantes significa mais tempo para desenvolver estratégias de caça, mostrar a cultura Yautja e evoluir a mitologia Xenomorfa, algo elogiado em Badlands.
Expectativas de lançamento e equipe criativa
Predator: Badlands tem lançamento agendado para 5 de novembro de 2025, com 107 minutos de duração. A direção é de Dan Trachtenberg, que assina o roteiro ao lado de Patrick Aison e dos irmãos John e Jim Thomas, criadores do original de 1987. Entre os produtores, estão Brent O’Connor, John Davis, Marc Toberoff e Ben Rosenblatt.
O elenco traz Elle Fanning como a sintética Thia e Dimitrius Schuster-Koloamatangi como Dek. Vale lembrar que a personagem da atriz exerce papel secundário, reforçando o foco no Yautja e na corporação. A classificação indicativa é PG-13, mesma faixa dos últimos filmes da série.
O impacto para a franquia Alien vs. Predator
Com a recepção positiva, analistas de mercado veem Badlands como catalisador de uma nova fase. O longa prova que a franquia pode, sim, funcionar sem humanos liderando a trama, desde que haja um fio narrativo forte. Se o próximo Alien vs. Predator adotar essa lógica, evita repetir erros e entrega aquilo que o público procura.
Para os leitores do 365 Filmes, o recado é claro: o futuro do crossover depende de manter a simplicidade, o foco em criaturas e um protagonista alienígena capaz de conquistar torcidas. Badlands já deu o primeiro passo, basta a próxima produção seguir o mesmo caminho e manter o embate em primeiro plano.
