Lançado nos cinemas em 5 de novembro de 2025, Predator: Badlands coloca um caçador Yautja no centro da história pela primeira vez.
O longa, comandado por Dan Trachtenberg, acompanha Dek (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) numa perigosa jornada ao lado da sintética Thia (Elle Fanning).
Entre batalhas e alianças inesperadas, o filme entrega uma chuva de referências para fãs atentos das franquias Predador e Alien.
De códigos de honra a logotipos clássicos da Weyland-Yutani, são mais de 20 detalhes escondidos que ampliam o universo compartilhado.
A equipe do site 365 Filmes reuniu os maiores easter eggs e explica como cada um deles se conecta a produções anteriores.
Confira a lista completa e veja o que talvez tenha passado despercebido na sala de cinema.
O código Yautja abre a aventura
A primeira cena exibe um trecho do Yautja Codex, manual de honra dos caçadores. Embora já visto na animação Killer of Killers, a frase inédita “Yautja não são amigos nem presas de ninguém” reforça a postura isolacionista da espécie.
Além disso, a breve sequência confirma que essa filosofia guia todas as tribos, amarrando o novo filme às regras mostradas em Predador (1987), Predadores (2010) e Prey (2022).
Planeta natal e veículos familiares
Visita a Yautja Prime
Pouco depois dos créditos iniciais, vemos paisagens de Yautja Prime, lar dos clãs guerreiros. A superfície rochosa e as torres de caça reaparecem, ampliando a mitologia apresentada em quadrinhos e games.
Hover bikes em alta velocidade
Dek e seu pai atravessam cânions em motos flutuantes idênticas às vistas na série animada Killer of Killers. O design reforça a continuidade visual dentro da franquia.
Sala de troféus lotada de crânios
A bordo da nave do irmão de Dek, uma parede exibe crânios e colunas vertebrais. Entre presas alienígenas, destacam-se um crânio humano e outro de T. Rex, além de uma caveira que lembra o Harvester de Independence Day. O toque evidencia a obsessão dos Predadores por caças exóticas.
Armas clássicas e uma inovação biológica
Plasmacaster com mira tripla
O icônico canhão de ombro surge logo na primeira caçada de Dek, mantendo a mira de três pontos vista desde 1987. A novidade fica por conta de um upgrade inusitado: no clímax, o protagonista acopla um réptil ácido como arma orgânica improvisada, expandindo as possibilidades tecnológicas dos Yautja.
Linguagem desenvolvida especialmente
Todo o diálogo de Dek utiliza um idioma Yautja completo, criado pelo linguista Paul Frommer, responsável também pelo Na’vi de Avatar. Isso garante autenticidade fonética às interações.
Conexões diretas com a Weyland-Yutani
Identidade de Thia
A sintética revela que trabalha para a Weyland-Yutani Corporation, o conglomerado antagonista introduzido em Alien (1979). Seus olhos, ao serem desativados, exibem o logotipo da empresa, repetindo um detalhe visto em Alien: Romulus (2024).
Limite tecnológico humano
Thia comenta que a humanidade ainda não domina velocidades abaixo da luz, explicando o uso contínuo de criostase e ligando Predator: Badlands à cronologia de Alien.
Referências a Star Wars
Quando Thia perde as pernas, Dek constrói um suporte nas costas para carregá-la, numa clara homenagem a Chewbacca transportando C-3PO em O Império Contra-Ataca. Além disso, as metades do corpo da androide operam de forma independente, ecoando momentos de C-3PO em Ataque dos Clones.
Imagem: Imagem: Divulgação
Nomenclaturas e divisões internas
Designação XX0552
O monstro Kalisk recebe a sigla XX0552 nos arquivos da Weyland-Yutani, lembrando o código XX121 dado ao Xenomorfo. A empresa mantém o padrão de catalogação para possíveis armas biológicas.
MUTHUR 6000 atualizado
As ordens a Tessa, versão sombria de Thia, vêm do supercomputador MU/TH/UR 6000. O número 062578 indica um modelo mais recente daquele que comandava a nave Nostromo em 2122.
Tradições de caça revividas
A icônica cena de arrancar crânio e coluna se repete: Dek executa o movimento em um Bisonte-Ósseo, enquanto o jovem Kalisk, chamado Bud, imita o gesto ao derrotar Tessa. Isso reforça como aprendizes observam e repetem os rituais Yautja.
Equipamentos, slogan e montagem clássica
Arsenal reconhecível
Rifles de pulso, veículos de transporte e o som característico dos disparos remetem aos filmes Aliens (1986) e Alien 3 (1992), ainda que em versões modernizadas.
“Building Better Worlds”
O lema da Weyland-Yutani aparece em painéis de comando, resgatando o marketing corporativo exibido em Aliens.
Montagem de preparação
Antes do confronto final, Dek afia lâminas e adapta armaduras, ecoando cenas de Dutch (Arnold Schwarzenegger) no primeiro Predador e de Naru em Prey. A sequência sublinha a herança de estratégias de caça.
Teimosia corporativa e paralelo com Alien: Earth
No desfecho, descobre-se que a equipe humana pretendia levar o Kalisk, Dek e até um galho vivo capaz de atacar. A ambição lembra o fiasco retratado na minissérie Alien: Earth (2025), onde múltiplas criaturas escaparam de controle a bordo da USCSS Maginot.
Batalha de Loader gigante
A luta final traz Tessa pilotando um loader mecânico amarelo gigante, recriando de forma ampliada o duelo entre Ripley e a Rainha Xenomorfo em Aliens. O twist: desta vez, o público torce pelo Predador e pelo Kalisk.
A chegada da nave da mãe de Dek
Nos instantes finais, Dek menciona que sua mãe está na imponente nave que surge no horizonte. A silhueta do veículo coincide com o design visto no encerramento de Killer of Killers, indicando que futuras histórias podem aprofundar a linhagem do protagonista.
Com mais de vinte referências espalhadas ao longo dos 107 minutos, Predator: Badlands amplia a mitologia e faz pontes engenhosas com sagas consagradas da ficção científica. Para fãs atentos, cada detalhe reforça a coesão desse universo compartilhado e antecipa novas possibilidades de cruzamentos no cinema.
