Um professor de filosofia afundado em dúvidas, uma aluna fascinada por sua mente caótica e um assassinato que surge como resposta ao tédio existencial. “O Homem Irracional”, produção de 2015 dirigida por Woody Allen, acaba de ganhar novo fôlego na Netflix e vem conquistando quem busca o melhor filme niilista disponível no streaming.

Estrelado por Joaquin Phoenix e Emma Stone, o longa mistura suspense, romance, humor ácido e reflexões sobre culpa, acaso e moral. Embora tenha passado discreto nos cinemas há sete anos, o título está virando assunto nas redes, colocando 365 Filmes e outros portais de cultura em alerta para o interesse renovado do público.

Enredo joga filosofia e crime no mesmo tabuleiro

A trama de “O Homem Irracional” apresenta Abe Lucas (Joaquin Phoenix), um professor que leciona filosofia em uma pequena faculdade norte-americana. Sobrepeso, ressacas constantes e cinismo crônico entregam o estado de esgotamento do personagem logo nas primeiras cenas. Ele cita Kant de manhã, bebe bourbon à tarde e duvida de qualquer propósito à noite.

O ponto de virada acontece quando Abe e a estudante Jill Pollard (Emma Stone) escutam, por acaso, uma conversa sobre uma injustiça judicial. Convencido de que pode “consertar” o mundo, o acadêmico decide planejar um assassinato perfeito. O ato, conduzido como experimento filosófico, devolve sentido à vida dele — e instala um suspense que brinca com a pergunta: o crime pode ser justificável?

Joaquin Phoenix e Emma Stone formam dupla improvável

Phoenix mergulha no papel de forma desleixada e genial ao mesmo tempo, reforçando o título de melhor filme niilista ao traduzir o vazio de Abe em gestos cansados e olhares perdidos. Ao lado dele, Emma Stone oferece a leveza necessária. Jill não quer exatamente um romance; ela busca compreender o professor, como se ele fosse um enigma acadêmico sobre pernas.

O relacionamento evita clichês amorosos e se sustenta mais em diálogos rápidos sobre Kierkegaard, Dostoiévski e moralidade do que em beijos ou cenas clássicas de paixão. Essa química intelectual prende o espectador e aprofunda a discussão sobre escolhas éticas.

Suspense e humor na medida certa

Woody Allen costura a narrativa com humor fino, sem abrir mão do clima de thriller. A câmera segue Abe como quem observa um animal tentando racionalizar o próprio instinto. Há ecos de outros filmes do diretor, como “Crimes e Pecados” e “Match Point”, mas “O Homem Irracional” opera num registro mais íntimo, quase confessional.

O roteiro, marcado por frases mordazes e situações absurdas, prova que o cineasta continua afiado em transformar dilemas éticos em conversas de sala de estar. Esse tom contribui para que o longa se firme, hoje, como o melhor filme niilista disponível na Netflix.

Jazz, aulas e bourbon: estética reflete o vazio

A trilha sonora jazzística e os cenários de campus universitário pintam um retrato sofisticado, mas jamais glamouroso. Tudo em cena — a iluminação suave, as fitas de áudio antigas, o copo de bebida sempre cheio — reforça a sensação de ressaca moral, característica central do personagem de Phoenix.

Temas existenciais atraem nova audiência

Entre 2020 e 2022, pesquisas de tendências em streaming apontaram aumento na busca por narrativas sobre existencialismo e crise de identidade. Nesse contexto, “O Homem Irracional” renasceu nas listas de recomendação e passou a ser citado como melhor filme niilista por influenciadores de cinema.

A reestreia silenciosa na Netflix criou efeito boca a boca: usuários compartilham trechos de diálogos e comentam a relevância do longa em tempos de incerteza global. A pontuação 8/10 em avaliações de público ajuda a sustentar o buzz.

Produção integra trilogia não oficial sobre culpa e acaso

Especialistas enxergam o longa como terceira peça de uma trilogia informal de Allen que une “Crimes e Pecados” (1989) e “Match Point” (2005). Em todos, o cineasta mergulha no debate sobre culpa, punição e moral flexível. Porém, apenas em “O Homem Irracional” essas questões são filtradas pelo olhar de um protagonista acadêmico em crise de sentido absoluto.

Esse foco intimista agrada a quem procura o melhor filme niilista para questionar a própria ética. Afinal, a lição final aqui não consola: o acaso decide tanto quanto a razão, e o humor pode ser o único refúgio diante do absurdo.

Por que vale dar play agora

Com 96 minutos de duração, o filme entrega ritmo enxuto e diálogos afiados, ideais para quem busca algo mais profundo do que suspenses genéricos. Além disso, a performance contida de Phoenix antecipa traços que ele ampliaria em “Coringa”, lançado quatro anos depois.

Ficha técnica em destaque

Título original: Irrational Man

Direção: Woody Allen

Elenco principal: Joaquin Phoenix, Emma Stone, Parker Posey

Ano de lançamento: 2015

Duração: 96 minutos

Gênero: Comédia, Crime, Drama, Romance

Classificação indicativa: 14 anos

Onde assistir

“O Homem Irracional” está disponível no catálogo brasileiro da Netflix. Para quem busca o melhor filme niilista do serviço, basta digitar o título na barra de pesquisa e aproveitar o play.

Do campus universitário ao crime cuidadosamente arquitetado, a produção entrega perguntas que ecoam após os créditos. Se a filosofia já não basta, talvez restem apenas decisões extremas – e um humor incômodo para acompanhá-las.

Sou formada em Marketing Digital e criadora de conteúdo para web, com especialização no nicho de entretenimento. Trabalho desde 2021 combinando estratégias de marketing com a criação de conteúdo criativo. Minha fluência em inglês me permite acompanhar e desenvolver materiais baseados em tendências globais do setor.

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