Os bastidores do Oscar 2026 começam a ferver e, entre os títulos em evidência, Wicked: For Good surge como nome certo nas listas de indicados. Ainda assim, muitos analistas tratam a produção como coadjuvante, sem chances reais de vitória.
O histórico recente mostra outro cenário: o primeiro Wicked acumulou dez indicações e venceu duas estatuetas. Se a sequência mantiver o fôlego, por que descartá-la? Essa é a dúvida que ronda a temporada e movimenta conversas nos corredores de Hollywood.
Status da corrida até agora
Entre os favoritos antecipados, Sinners, Hamnet e One Battle After Another dominam as projeções iniciais. Marty Supreme, exibido de surpresa no Festival de Nova York, também entrou na disputa mesmo com estreia oficial marcada apenas para o Natal.
Nesse grupo de destaque, Wicked: For Good e Avatar: Fire & Ash aparecem, por enquanto, como “indicações garantidas”, mas pouco cotadas para a estatueta principal. O musical, no entanto, apresenta argumentos sólidos para furar esse bloqueio.
Por que Wicked: For Good pode crescer
A continuação foi filmada logo após o primeiro longa, garantindo unidade visual, elenco intacto e tempo extra para polir efeitos digitais. A equipe reforçou ainda o pacote com duas músicas inéditas para as protagonistas, recurso que costuma empolgar integrantes dos ramos de Som e Trilha Original da Academia.
Além disso, o enredo da Parte Dois mergulha diretamente no confronto de Elphaba contra o regime do Mágico, ampliando a carga política que, em 2024, aproximou o público da obra. Com clima social ainda mais tenso, essa abordagem pode ressoar forte entre votantes.
Estratégia de lançamento
Dirigido por Jon M. Chu, Wicked: For Good estreia em 21 de novembro de 2025, data estratégica para manter o musical fresco na memória dos eleitores. O intervalo de cinco semanas até o fechamento da maioria das cédulas de indicação favorece a campanha.
Comparação com o primeiro Wicked
Lançado em 2024, o capítulo inicial conquistou bilheteria robusta e elogios à escala de produção, dos cenários práticos aos figurinos extravagantes. Cynthia Erivo e Ariana Grande foram celebradas pela química em cena, reforçando interesse na sequência.
No Oscar seguinte, a obra saiu com dez indicações, inclusive Melhor Filme, além das vitórias em Figurino e Direção de Arte. Muitos profissionais consideram comum a Academia premiar franquias apenas no capítulo final, hábito que já beneficiou títulos como O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei.
Elenco e equipe mantêm a chama acesa
Cynthia Erivo (Elphaba) e Ariana Grande (Glinda) retornam, agora com espaço para explorar notas dramáticas mais sombrias. Jonathan Bailey (Fiyero) complementa o triângulo central. Marc Platt segue na produção, garantindo continuidade criativa.
No roteiro, Winnie Holzman, Dana Fox e Gregory Maguire ajustaram passagens para intensificar os laços com O Mágico de Oz, algo que pode atrair votantes nostálgicos. Esse vínculo literário-cinematográfico costuma render pontos extras em categorias técnicas e artísticas.
Imagem: Imagem: Divulgação
Histórico do Oscar com franquias
A Academia frequentemente aguarda o desfecho de projetos em partes para consagrar o conjunto, caso de Mad Max: Estrada da Fúria, que liderou indicações e vitórias técnicas, mas pode ter chance aumentada numa hipotética continuação conclusiva.
Com Wicked: For Good não há previsão de um terceiro filme, eliminando o risco de dividir a atenção da campanha. Assim, a segunda parte carrega sozinha o peso de representar toda a experiência nos prêmios finais.
Reação inicial positiva
Exibições restritas para investidores e parceiros de distribuição renderam comentários animadores, mencionando números musicais mais ousados e aprimoramento de efeitos visuais. Embora reações preliminares devam ser analisadas com cautela, elas reforçam a confiança do estúdio.
Outras forças na temporada
Sinners luta para manter o favoritismo conquistado desde o início do ano, enquanto Hamnet se beneficiou da recepção calorosa nos festivais de outono. One Battle After Another encabeça listas de críticos pela qualidade do roteiro.
O cenário competitivo, porém, pode fragmentar votos entre várias campanhas agressivas, criando brecha para uma opção de consenso. Se Wicked: For Good repetir o impacto emocional do antecessor, a produção tem caminho livre para se tornar alternativa viável.
O que esperar até a cerimônia
Com marketing afinado, números musicais prontos para apresentações em premiações e um elenco querido pelo público, o filme deve dominar conversas nas redes sociais. A equipe também pode capitalizar o discurso sobre representatividade feminina em superproduções de grande escala.
Para o site 365 Filmes, que acompanha de perto a temporada de prêmios, vale monitorar a evolução das campanhas paralelas. Cada termômetro de premiação — do Globo de Ouro ao Sindicato dos Atores — indicará se o musical segue apenas garantido entre os indicados ou se realmente ameaça os favoritos pelo troféu principal.
Agenda de votação
As cédulas para indicações abrem na primeira semana de janeiro de 2026. A lista oficial de concorrentes sai no fim do mesmo mês e a entrega do Oscar está marcada para fevereiro. Até lá, exibições especiais, entrevistas do elenco e bastidores devem alimentar a curiosidade do público e impulsionar a visibilidade da produção.
Se o desempenho no circuito de prêmios menores espelhar a recepção calorosa de Bastidores, Wicked: For Good pode repetir — ou até superar — as dez indicações do original, entrando de forma definitiva na disputa por Melhor Filme.
