Shelby Oaks chega aos cinemas em 2 de outubro de 2025 com a promessa de abalar o público que curte terror psicológico. O longa de Chris Stuckmann, também responsável pelo roteiro, aposta em uma mistura de documentário fictício, narrativa investigativa e muita tensão sobrenatural.

Durante 99 minutos, acompanhamos a busca desesperada de Mia Brennan pela irmã Riley, integrante do canal Paranormal Paranoids, desaparecida na pequena cidade que dá nome ao filme. Quando a verdade vem à tona, o espectador se depara com eventos sombrios, marcados por possessão, abuso e um demônio chamado Tario.

O enigma em torno de Riley Brennan

Logo nos primeiros minutos, um pseudo-documentário dentro do próprio filme relembra que Riley e seus colegas sumiram enquanto gravavam em Shelby Oaks. Anos depois, a dúvida sobre o paradeiro dela continua rendendo teorias de fãs.

A reviravolta ocorre quando Wilson Miles, ex-membro da equipe, tira a própria vida na frente de Mia. O ato leva a protagonista a investigar a família de Wilson, descobrindo que Norma, mãe dele, mantinha Riley em cativeiro.

Prisão, abuso e o ritual sombrio

Mia encontra Riley no porão da casa de Norma, transformado em uma espécie de masmorra. Ali, a irmã revela que era forçada a conviver com Wilson, controlado por Tario, entidade demoníaca que Norma servia.

Sem explicar detalhes, o roteiro insinua que Norma e o demônio pretendiam usar Riley para gerar uma criança com importância ritualística. O nascimento do bebê acontece fora de cena, mas fica claro que foi fruto de repetidos abusos.

Por que Riley era o alvo perfeito?

Flashbacks indicam que Riley, ainda criança, já via a figura demoníaca. A conexão precoce torna a jovem essencial aos planos de Tario, embora o longa mantenha em aberto os motivos exatos, aumentando o sentimento de aleatoriedade que permeia o terror.

A decisão extrema de Mia

Depois de libertar irmã e sobrinho, Mia precisa lidar com uma surpresa cruel: traumatizada, Riley tenta sufocar o próprio filho. Num embate rápido, Mia empurra Riley pela janela. No quintal, uma matilha de cães infernais – manifestação de Tario – devora a jovem.

A morte brutal encerra qualquer chance de recuperação para Riley e deixa Mia com o bebê nos braços. O desfecho também destrói o casamento dela com Robert, abalada desde que o casal descobriu não poder ter filhos.

O preço de salvar o recém-nascido

Ao escolher proteger o bebê, Mia realiza, de forma distorcida, o desejo de ser mãe. Contudo, o roteiro aponta que isso era justamente o que Tario queria. A criatura surge nos segundos finais, envolvendo Mia e a criança, sugerindo que ela será a nova “Norma”.

Final de Shelby Oaks: entenda o destino de Riley Brennan e o choque do desfecho - Imagem do artigo original

Imagem: Imagem: Divulgação

Conexões com clássicos do terror

Shelby Oaks ecoa elementos de O Bebê de Rosemary e A Profecia ao mostrar forças demoníacas usando mulheres para trazer o mal ao mundo. Em todas essas obras, o maligno sai vitorioso, reforçando a sensação de impotência das protagonistas.

Além do tema sobrenatural, o longa evidencia como a mídia trata desaparecimentos de mulheres: o interesse público some rápido, transformando tragédias pessoais em estatísticas. Essa crítica social fica explícita na forma como a história de Riley vira apenas mais um caso arquivado.

O que esperar após o final de Shelby Oaks

Com Norma desaparecida e Mia possivelmente corrompida, o filme encerra sem respostas definitivas. O espectador sai do cinema imaginando se Mia resistirá às ordens de Tario ou se repetirá o ciclo de horror.

Não há cenas pós-crédito, mas o espaço para possível sequência existe. Caso Chris Stuckmann deseje expandir o universo, poderá explorar o crescimento da criança e o destino de Mia, agora cumpliciada ao demônio.

Informações essenciais de produção

Direção: Chris Stuckmann | Roteiro: Chris Stuckmann e Sam Liz | Duração: 99 min | Lançamento: 2 de outubro de 2025 | Elenco principal: Keith David, Morton Jacobson, Sarah Durn.

Por que Shelby Oaks merece atenção

Além de entregar um clima de horror constante, Shelby Oaks combina técnicas de found footage, entrevistas e narrativa linear sem perder o ritmo. O resultado é uma experiência imersiva que deve agradar tanto a fãs de sustos imediatos quanto aos que buscam reflexões sociais.

No 365 Filmes, acreditamos que o longa se destaca por abraçar um final pessimista, algo cada vez mais raro no terror comercial, e por abordar temas delicados, como abuso e manipulação, sem recorrer a cenas gráficas gratuitas.

Se você se interessa em analisar como o horror pode discutir maternidade, perda de controle e exploração midiática, vale colocar Shelby Oaks na lista de próximas sessões. Porém, prepare-se: o filme não alivia na hora de mostrar o quanto o mal pode ser cruel e imprevisível.

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