“Shelby Oaks” chegou cercado de expectativa, afinal o longa expande o universo do canal fictício “Paranormal Paranoids”, sucesso no YouTube. A promessa era de renovar o formato found footage, mesclando documentário falso e investigação on-line.

Apesar do início instigante, o filme logo troca a câmera tremida por um suspense convencional e repete sustos que o público de terror conhece de cor. O resultado, apontam críticos estrangeiros, é uma experiência arrastada e repleta de decisões questionáveis.

Sinopse e contexto de “Shelby Oaks”

Dirigido e coescrito por Chris Stuckmann, o filme tem estreia marcada para 2 de outubro de 2025, classificação indicativa para maiores de 18 anos e 99 minutos de duração. A trama continua — de forma independente — a saga apresentada em “Paranormal Paranoids”, canal que ganhou fama ao registrar supostas atividades sobrenaturais.

No longa, conhecemos Riley Brennan (Sarah Durn), artista excêntrica e rosto dos Paranoids. Junto a três colegas, ela investigava fenômenos em uma cidade abandonada no interior de Ohio quando, 12 anos atrás, todos sumiram sem deixar pistas. O desaparecimento viralizou e dividiu a internet entre fãs crédulos e céticos ferrenhos.

A cidade que dá nome ao filme

Shelby Oaks é descrita como um antigo destino de lazer, famoso por seu parque de diversões e por uma penitenciária de segurança máxima. Ambos estão desativados, cenário perfeito para filmes de terror. Foi ali que as últimas imagens de Riley e do grupo teriam sido captadas.

O gatilho da nova investigação

Na linha do tempo atual, Mia Brennan (Camille Sullivan) — irmã mais velha de Riley — concede entrevistas para um documentário à la Netflix sobre o caso. A rotina muda quando um homem maltrapilho (Charlie Talbert) surge à porta, entrega uma fita etiquetada “Shelby Oaks”, solta a frase “Ela finalmente me deixou ir” e tira a própria vida diante das câmeras.

O conteúdo da fita mostra os investigadores explorando a cidade fantasma. As imagens registram o grupo sendo atacado até restar apenas Riley. Mesmo com material potencialmente decisivo, Mia opta por não acionar a polícia e passa a conduzir sozinha a busca por respostas.

Decisões que desafiam a lógica

A crítica estrangeira apontou que a escolha de Mia — sair de casa, à noite, rumo a um presídio abandonado que sabe ser “mal-assombrado” — beira o absurdo. Ainda que o roteiro apresente justificativas rápidas, os especialistas consideram as motivações pouco críveis e expositivas.

Clichês em série

Segundo as resenhas, “Shelby Oaks” acumula elementos já vistos em incontáveis produções do gênero: trilhas estridentes, cortes bruscos, sustos telegrafados, velhinhas sinistras de sorriso afável, padrões geométricos enigmáticos, consultas a arquivos empoeirados e até o “velho bêbado cheio de cicatrizes”, vivido por Keith David.

Para o portal que publicou a crítica original, a passagem do formato found footage para um thriller polido mata a tensão que se acumulava nos minutos iniciais. A estreia de Chris Stuckmann na direção de longas foi rotulada como “uma coleção de más escolhas”, resultando em nota 2/10.

Atuações questionadas

O elenco recebeu avaliações igualmente duras. Camille Sullivan passa boa parte da história com respiração entrecortada, artifício usado para indicar medo constante. Já as cenas de Sarah Durn na fita seriam, de acordo com críticos, mal iluminadas e “pouco convincentes”.

Ficha técnica do filme

Título original: Shelby Oaks

Direção: Chris Stuckmann

Roteiro: Chris Stuckmann e Sam Liz

Gêneros: Terror, Mistério

Duração: 99 minutos

Data de lançamento: 2 de outubro de 2025

Classificação: R (18+)

Produtores: Trevor Macy, Aaron B. Koontz, Mike Flanagan, Cameron Burns, Sean E. DeMott, Melinda Nishioka, Ashleigh Snead

Elenco principal: Camille Sullivan (Mia), Sarah Durn (Riley), Keith David, Morton Jacobson, Charlie Talbert

Recepção inicial

A nota 2/10 divulgada pela crítica se baseia na sensação de monotonia e na repetição de fórmulas. Alguns apontamentos positivos recaem sobre o desfecho, considerado “perturbador”, embora o caminho até lá tenha sido descrito como “tão emocionante quanto assistir tinta secar”.

Outra pontuação apareceu de forma isolada, marcando 9,8/10, mas especialistas sugerem cautela, já que a avaliação destoou do consenso geral. Até o momento, não há dados de bilheteria ou de exibição em festivais.

Por que o público está dividido?

O marketing em torno de “Shelby Oaks” utilizou o engajamento da comunidade de true crime e de entusiastas de fantasmas. Parte dos fãs argumenta que o filme traz ao menos uma expansão interessante do universo criado no YouTube. Outros se sentem traídos pela mudança de formato logo após os créditos iniciais.

No site 365 Filmes, leitores comentam se vale a pena conferir a produção ou esperar títulos que tragam algo novo ao subgênero. Afinal, existe sempre a esperança de um found footage revigorante, mas, segundo as críticas atuais, esse não parece ser o caso aqui.

Conclusão provisória

Sem oferecer revoluções na linguagem e apostando em escolhas narrativas contestadas, “Shelby Oaks” chega ao mercado com a difícil missão de convencer um público já habituado a sustos fáceis. Resta acompanhar como espectadores reagirão quando o terror finalmente desembarcar nos cinemas.

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