Capitão América: Admirável Mundo Novo, previsto para chegar aos cinemas em 2025, já recebeu uma análise detalhada que levanta dúvidas sobre o futuro do herói no MCU. O texto original, agora reescrito pelo Resumo de Novelas, descreve um filme que prefere jogar seguro em vez de arriscar — escolha que, segundo a crítica, limita o potencial da produção.

Dirigido por Julius Onah e estrelado por Anthony Mackie, o longa entrega ambientação política promissora, mas se apoia em personagens antigos e em tramas conhecidas do universo Marvel. A seguir, veja os principais pontos destacados pela avaliação.

Enredo resgata tramas antigas e evita mudanças

A produção se vende como novidade, porém revisita histórias apresentadas desde O Incrível Hulk (2008) e outros títulos do MCU. Logo nos primeiros minutos, o clima de thriller político é estabelecido, mas a trama preferencialmente se ancora em conflitos já explorados, como a relação de Thaddeus “Thunderbolt” Ross — agora presidente dos Estados Unidos — com heróis e vilões clássicos.

Ao priorizar elementos familiares, Capitão América: Admirável Mundo Novo não aprofunda o impacto do aparecimento do corpo celestial visto em Eternos, preferindo retomar linhas narrativas que o público conhece bem. Para a crítica, a decisão impede que o filme ofereça a sensação de “mundo novo” prometida no título.

Sam Wilson perde espaço no próprio filme

Anthony Mackie retorna como Sam Wilson, sucessor de Steve Rogers no escudo do Capitão América. Apesar do carisma do ator, a história exibe o protagonista como peça secundária em comparação ao presidente Ross, interpretado por Harrison Ford. Diversas cenas importantes giram em torno das escolhas políticas de Ross, deixando o herói muitas vezes na função de espectador.

Segundo a crítica, o roteiro quase não explora o dilema de um Capitão América negro em um país marcado pela desigualdade. Temas raciais que apareceram na série Falcão e o Soldado Invernal são tocados rapidamente e abandonados, reduzindo o peso dramático que poderia diferenciar esta aventura.

Temas sociais ficam na superfície

A avaliação indica que o filme apresenta discussões sobre poder e representatividade, mas sem mergulhar fundo. Isaiah Bradley, vivido por Carl Lumbly, surge com uma história trágica que poderia ampliar o debate sobre injustiça, porém sua participação é limitada a poucas cenas. Ao final, a proposta de refletir sobre passado e futuro dos Estados Unidos no MCU se dilui em ação desenfreada.

Também há referência a uma disputa internacional por uma ilha rica em adamantium — metal conhecido nos quadrinhos da Marvel. Mesmo assim, o roteiro usa o conflito apenas como gatilho para batalhas, evitando abordar as consequências geopolíticas que tal descoberta traria.

Vilões e coadjuvantes dividem atenção

O elenco traz nomes de peso: Giancarlo Esposito vive um novo adversário; Tim Blake Nelson reprisa seu papel ligado aos eventos de O Incrível Hulk; e Harrison Ford apresenta um Ross mais autoritário. Apesar de esforços individuais, a crítica aponta desenvolvimento irregular: Esposito recebe pouco roteiro para brilhar, enquanto Nelson mal deixa lembrança significativa.

As melhores cenas, de acordo com o texto, são os embates verbais entre Ross e Wilson, que evidenciam o choque entre pragmatismo político e idealismo heroico. No entanto, esses momentos não ganham tempo suficiente para transformar a tensão em discussão profunda.

Suspense político cede ao formato padrão do MCU

Capitão América: Admirável Mundo Novo começa com promessas de intriga semelhante à de O Soldado Invernal, mas logo adota a estrutura tradicional da franquia. Obstáculos que deveriam pôr o herói em risco são resolvidos com facilidade, enfraquecendo a sensação de perigo. Para a crítica, o filme confia que diálogos expositivos serão suficientes para explicar motivações, resultando em ritmo previsível.

Além disso, a dependência de conexões com obras passadas gera explicações constantes, retirando o mistério de certas reviravoltas. O texto descreve a narrativa como “mastigada”, sem espaço para interpretações ou surpresas genuínas.

Marketing antecipa revelações e reduz impacto

Entre as apostas de divulgação, o material promocional mostrou cenas que indicam a transformação de Ross no Hulk Vermelho. Na avaliação, essa exposição excessiva esvaziou a revelação dentro do filme, pois o público já aguardava pelo momento. Quando ele acontece, o suspense prolongado e as pistas óbvias tiram força dramática do acontecimento.

A crítica conclui que o longa “evita se arriscar”, tentando agradar sem sair da zona de conforto. Mesmo com elenco renomado e um cenário político promissor, a produção não entrega a ousadia sugerida pelo subtítulo Admirável Mundo Novo. Resta aguardar o lançamento oficial, em 2025, para conferir se a recepção do público repetirá as impressões apontadas agora.

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