Uma assassina em busca de vingança, coreografias de tirar o fôlego e um cenário repleto de códigos secretos.

Esse é o ponto de partida de Bailarina, primeiro longa derivado de John Wick que chega aos cinemas em 2025 e coloca Ana de Armas na linha de frente.

Dirigido por Len Wiseman, o filme promete manter o ritmo frenético da franquia, mas com toques de originalidade que visam seduzir veteranos e novatos.

Ao trazer uma protagonista diferente do implacável Baba Yaga, o estúdio tenta provar que o universo criado por Chad Stahelski e Keanu Reeves pode ir além.

O roteiro coloca a personagem Eve no centro de um conflito pessoal, misturando dança clássica, treinamento letal e brigas coreografadas que já chamam atenção nas prévias.

Para quem acompanha Resumo de Novelas, a produção funciona como porta de entrada a um novo arco dentro da mitologia de assassinos de aluguel.

Enredo direto e foco na vingança

No coração do filme Bailarina está Eve, criada pelo clã Ruska Roma. Após descobrir o nome do responsável pela morte do pai, ela mergulha numa caçada que a leva por hotéis, becos e salões de dança nos Estados Unidos e na Europa.

O roteiro não se alonga em explicações: apresenta códigos, moedas e rituais conhecidos pelos fãs e rapidamente joga a heroína em meio a tiroteios e emboscadas. É a clássica trajetória de vingança, mas pontuada por detalhes que entregam personalidade à trama.

A escolha de Ana de Armas

A cubana Ana de Armas assume o papel principal com entrega física admirável. Ela alterna piruetas elegantes e golpes rápidos, deixando claro que a antiga bailarina agora mata para sobreviver.

Essa vulnerabilidade, aliada à determinação, cria contraste com a frieza de John Wick. A atriz investe em longos períodos de silêncio e explosões repentinas de fúria, algo que deve agradar quem procura uma heroína mais humana.

Erro, improviso e criatividade

Diferente de Wick, que planeja cada disparo, Eve erra, improvisa e transforma quase qualquer objeto em arma. Essa abordagem realça a tensão e dá às lutas um ar caótico que renova o universo da série.

Como Len Wiseman imprime sua marca

Responsável por Anjos da Noite, Len Wiseman mantém a paleta escura e neon típica da franquia, mas adiciona enquadramentos que lembram catálogos de moda. A câmera desliza por corredores apertados e revela palcos luxuosos antes de explodirem em sangue.

O cineasta dedica tempo a flashbacks do treinamento da Ruska Roma, mostrando a transição de Eve de dançarina disciplinada a assassina implacável. Essa escolha garante identidade visual e narrativa sem afastar o público que busca pancadaria.

Sequências de ação: o verdadeiro chamariz

O filme Bailarina aposta em diversidade de cenários e engenhosidade para manter a adrenalina. Entre os destaques, uma luta em um quarto repleto de facas, uma perseguição em restaurante onde pratos viram projéteis e um confronto final que utiliza lança-chamas e granadas.

As coreografias privilegiam o espaço físico: cada mesa virada, cada lustre quebrado tem função tática. A montagem poderia ser mais refinada, mas a ousadia dos movimentos compensa e reforça o legado de inventividade da série.

Participação de Keanu Reeves

O astro retorna em aparição pontual, funcionando como elo canônico e empurrão de marketing. A presença de John Wick serve de bússola para quem chega ao spin-off sem contexto e assegura que tudo pertence ao mesmo universo.

Conexão com a mitologia John Wick

Moedas douradas, a figura do Concierge e o temido Conselho são mencionados, mas sem dominar a história. Esse equilíbrio permite que Bailarina seja acessível a novos espectadores enquanto agrada fãs veteranos.

Além disso, a Ruska Roma ganha luz própria, apresentando hierarquias e rituais que enriquecem o pano de fundo sem sobrecarregar a narrativa com exposição desnecessária.

Por que Bailarina pode ganhar continuação?

O longa fecha seu arco, porém deixa pistas para desdobramentos: facções adversárias, promessas de dívida e a evolução de Eve como peça-chave na guerra subterrânea. Caso o público abrace a personagem, a Lionsgate tem terreno fértil para novas histórias.

A aposta se ancora na mistura de carisma, cenas de ação criativas e ligação direta com uma franquia bilionária. Esse pacote costuma ser meio caminho andado para sequências ou até mesmo uma série própria, estratégia que reflete a expansão de universos compartilhados em Hollywood.

Pergunta que fica

Será que o filme Bailarina vai atingir o mesmo patamar de popularidade dos títulos principais? A resposta, agora, depende da recepção do público quando a produção chegar aos cinemas em 2025.

Enquanto isso, quem gosta de narrativas ágeis, lutas estilizadas e um toque de emoção já pode colocar Bailarina na lista de estreias imperdíveis.

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