Dave Bautista não foge de polêmicas quando o assunto é sua filmografia. Em entrevista recente, o astro de “Guardiões da Galáxia” voltou a falar com orgulho de “Stuber”, comédia de ação lançada em 2019 que amarga 43% de aprovação no Rotten Tomatoes.
O ator disse que “defenderá o filme até a morte” e exaltou o trabalho do diretor Michael Dowse, que assumiu o projeto às pressas. A declaração veio durante a divulgação de seu novo longa, “Trap House”, e reacendeu o debate sobre o verdadeiro valor do título pouco lembrado pelo grande público.
Por que Dave Bautista defende “Stuber” com tanto afinco?
Em conversa com o jornalista Grant Hermanns, Bautista explicou que a produção ficou sem direção poucas semanas antes do início das gravações. Para salvar o cronograma, ele ligou pessoalmente para Michael Dowse e pediu ajuda. O cineasta aceitou o convite, pegou um avião no dia seguinte e mergulhou no projeto.
Segundo o ator, Dowse revisou o roteiro, ajustou cenas e imprimiu um ritmo dinâmico que, na visão de Bautista, garantiu a identidade da comédia policial. “Dave Bautista defende Stuber” repetidamente desde a estreia, atribuindo boa parte do resultado ao comprometimento do diretor.
Entenda a trama de “Stuber”
No filme, Kumail Nanjiani interpreta Stu Prasad, motorista de aplicativo que recebe a pior corrida de sua vida: o passageiro é Vic Manning, policial durão vivido por Bautista. A dupla inesperada tenta capturar um traficante e assassino de agentes da lei, gerando situações cômicas e sequências de ação aceleradas.
Apesar da química entre os protagonistas ter recebido elogios, parte da crítica apontou falhas no tom e na execução. A repercussão morna não abalou o entusiasmo de Bautista. Para ele, “Stuber” se destaca por combinar humor absurdo com tiroteios coreografados, algo pouco visto em produções de médio orçamento.
Quais foram os números de “Stuber” nas bilheterias?
Lançado em 12 de julho de 2019, o longa arrecadou US$ 32,3 milhões mundialmente, contra um orçamento de US$ 18 milhões. O resultado modesto não cobriu os custos de marketing, mas ficou longe de ser um desastre total. Ainda assim, o desempenho limitou discussões sobre sequência ou expansão de franquia.
Michael Dowse: da comédia romântica ao buddy cop
Antes de topar a missão de última hora, Michael Dowse já era conhecido por trabalhos elogiados, como a comédia romântica “The F Word” (2013) e o filme esportivo “Goon” (2011). Em “Stuber”, ele precisou equilibrar tiques de ação, piadas rápidas e interação de personagens completamente opostos.
Bautista não poupa elogios ao diretor. Segundo o ator, Dowse “edita o filme na cabeça” enquanto grava, algo que agiliza filmagens e evita custos extras. “Dave Bautista defende Stuber” justamente porque vê na condução de Dowse o elemento que transforma a premissa simples em diversão eficiente.
Imagem: Imagem: Divulgação
Parceria renovada em “Trap House”
A admiração mútua rendeu novo encontro em “Trap House”, já em cartaz nos Estados Unidos. Na trama, Bautista vive Ray Seale, agente da DEA que descobre um plano do próprio filho adolescente para roubar um cartel. O longa promete ação mais intensa e clima de suspense, mostrando a versatilidade da dupla.
Recepção crítica e legado
Com 43% no Rotten Tomatoes, “Stuber” divide opiniões. Alguns críticos destacam o carisma de Bautista e Nanjiani, além da boa fotografia de cenas noturnas. Outros reclamam da irregularidade entre piadas e violência. Para o intérprete de Vic Manning, no entanto, a nota não resume a experiência de quem buscava entretenimento leve.
Na era dos blockbusters dominados por super-heróis, “Stuber” surgiu como título intermediário, apostando em humor para adultos e ação enxuta. Quando Dave Bautista defende “Stuber”, ele reforça a importância de filmes que correm por fora dos grandes universos compartilhados, mas entregam algo diferente ao público.
Por que o assunto voltou à tona?
A divulgação de “Trap House” oferece a Bautista oportunidade de revisitar projetos anteriores. Ao citar o passado, ele reforça sua confiança em Dowse e destaca a coragem de assumir um set sem preparação prévia. A lealdade expressa pelo ator chama atenção, pois não é comum ver estrelas de Hollywood defendendo produções de recepção mista com tamanha paixão.
Para o site 365 Filmes, que acompanha de perto lançamentos e bastidores, o episódio mostra como a relação entre ator e diretor pode moldar a narrativa em torno de um longa. Quando a dupla aposta em novo projeto, a reputação construída anteriormente serve de vitrine e atrai curiosidade do público.
Expectativas futuras
Se “Trap House” repetir a sintonia vista em “Stuber”, a parceria tende a se prolongar. Bautista já afirmou ter vontade de trabalhar com Dowse novamente, em qualquer gênero. Por enquanto, “Stuber” segue como prova de que resultados de bilheteria ou notas de agregadores não impedem um artista de valorizar sua criação.
Enquanto não aparecem planos oficiais para sequências, “Stuber” permanece na memória dos fãs do ator e agora ganha novo fôlego com a inabalável defesa de seu protagonista. A frase “Dave Bautista defende Stuber” se tornou quase um mantra, reforçando a ideia de que, às vezes, a verdadeira medida do sucesso está na paixão de quem participa do projeto.
